quinta-feira, 7 de abril de 2011

Hipertensão arterial

A tensão arterial alta (hipertensão) (Ver secção 3, capítulo 25) pode existir antes da gravidez, mas, numa pequena percentagem de casos, surge durante a mesma. Se uma mulher tiver uma tensão arterial ligeiramente alta (de 140/90 a 150/100 mmHg) e estiver a tentar engravidar ou descobrir que já o conseguiu, normalmente o seu médico suspende o tratamento farmacológico que está a fazer para baixar a tensão arterial (medicamentos anti-hipertensores). O motivo dessa interrupção é que o risco de os fármacos aumentarem a morbilidade e a mortalidade do feto é maior do que o possível benefício que a mãe tenha. A mulher pode ter de restringir o consumo de sal e reduzir a actividade física para ajudar a controlar a sua tensão arterial. No caso de a pressão arterial ser moderadamente alta (de 150/90 a 180/110 mmHg), normalmente deverá continuar a tomar os fármacos anti-hipertensores. No entanto, alguns dos fármacos que são seguros para a mulher podem lesar o feto. Os medicamentos anti-hipertensores que, geralmente, são preferíveis para uma mulher gestante são a metildopa e a hidralazina. Por outro lado, os fármacos que reduzem a tensão arterial eliminando o excesso de água do organismo (diuréticos) reduzem o volume de sangue na mulher grávida e podem inibir o crescimento fetal. Se uma mulher tiver estado a tomar um diurético para fazer descer a sua tensão arterial, normalmente substitui-se por metildopa quando se detecta a gravidez. Se for necessário, acrescenta-se hidralazina. É necessário fazer uma análise mensal para conhecer o funcionamento renal, e o crescimento do feto controla-se com ecografias. Em geral, o médico provoca o parto na 38.ª semana de gravidez. As mulheres grávidas com uma hipertensão arterial grave (mais de 180/110 mmHg) precisam de cuidados especiais. A gravidez pode agravar em grande medida a hipertensão e provocar edema cerebral, hemorragia cerebral, insuficiência renal, insuficiência cardíaca e até a morte. O desprendimento prematuro da placenta da parede uterina (abruptio placentae) é mais frequente nestas mulheres; com o desprendimento, o fornecimento de oxigénio e de nutrientes que o feto recebe é interrompido e este pode morrer. Mesmo que a placenta não se desprenda, a hipertensão pode reduzir o fornecimento de sangue que a placenta recebe e retardar o crescimento fetal. Se a mulher desejar continuar a gravidez, devem ser administrados fármacos mais potentes que reduzam a sua tensão arterial. Normalmente é hospitalizada durante a segunda metade (ou até mais) da gravidez, para a proteger a ela e ao feto. Se o seu estado piorar, pode acontecer ter de ser aconselhada a interromper a gravidez para salvar a sua vida. Fonte:http://www.manualmerck.net/?id=272&cn=1988

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