quinta-feira, 7 de maio de 2015

Atelectasia e colapso pulmonar

A atelectasia corresponde à ausência de ar nos alvéolos de uma área mais ou menos extensa do pulmão, enquanto que o colapso pulmonar consiste na retracção de uma parte ou da totalidade do mesmo.

Causas


A atelectasia produz-se quando, por alguma circunstância, como uma obstrução ou compressão das vias aéreas, os alvéolos de um sector mais ou menos extenso de um pulmão deixam de ser ventilados.
No colapso pulmonar, além da perda do conteúdo de ar de um sector mais ou menos extenso do pulmão, observa-se uma grande diminuição da irrigação sanguínea, o que provoca a retracção do referido sector do pulmão ou de todo o pulmão.
A causa mais frequente corresponde à obstrução total de um brônquio ou bronquíolo. Quando se obstruiu completamente a entrada de um desses canais aéreos, o ar presente em todo o sector pulmonar ventilado pelo mesmo, para além do ponto de obstrução, fica inicialmente preso no interior dos alvéolos. Todavia, caso a obstrução persista, o ar começa a reabsorver-se até que os alvéolos do dito sector pulmonar se "desinsuflam" por completo, dando origem a uma atelectasia. Perante este acontecimento, os vasos sanguíneos do sector do tecido afectado contraem-se através de um mecanismo reflexo, diminuindo consequentemente a irrigação sanguínea do dito sector, o que provoca uma retracção do tecido ou colapso pulmonar. Desta forma, a obstrução total e persistente de um brônquio conduz sequencialmente a uma atelectasia e a um colapso pulmonar.
Os brônquios e bronquíolos podem obstruir-se por várias razões. Uma das mais frequentes, sobretudo nas crianças, é a aspiração de um corpo estranho - um fruto seco, um botão, uma pequena peça de brinquedo que após ser introduzido na boca desce pela faringe, laringe e brônquios até obstruir. Por vezes, o elemento que provoca a obstrução é um rolhão de secreção mucosa espessa, especialmente quando por alguma razão o diâmetro dos brônquios e bronquíolos se encontra anormalmente reduzido, como acontece em caso de asma e bronquite crónica.
Por outro lado, muitas vezes, a causa da doença é a compressão de um brônquio ou do tecido pulmonar provocada pelo desenvolvimento de um tumor, um derrame pleural ou um pneumotórax.
A atelectasia também pode ser um efeito secundário da anestesia geral, como é possível observar em alguns pacientes após intervenções cirúrgicas efectuadas no tórax ou na zona superior do abdómen (atelectasia pós-cirúrgica).

Sintomas

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Os sintomas variam de acordo com a extensão do processo e a rapidez com que este se instala. O mais frequente é a doença afectar apenas um lobo ou um segmento de um lobo pulmonar. Caso a atelectasia se desenvolva gradualmente, como costuma ocorrer nos pacientes que sofrem de tumores malignos ou tuberculosos, os sintomas não costumam ser muito evidentes, sendo frequentemente confundidos com aqueles provocados pela doença subjacente. Por outro lado, quando a doença se apresenta de forma repentina, como sucede após a aspiração de um corpo estranho ou pela obstrução provocada por um rolhão mucoso, o paciente manifesta uma evidente dificuldade em respirar, ou dispneia, que tenta compensar ao realizar inspirações mais frequentes e superficiais. Em ambos os casos, caso não se proceda ao tratamento adequado, é provável que mais tarde ou mais cedo surjam algumas complicações, como processos infecciosos, dilatações brônquicas (bronquiectasias) e perda da elasticidade do tecido pulmonar (fibrose).
Por outro lado, quando a doença afecta todo o pulmão, como costuma acontecer em alguns casos de atelectasia pós-cirúrgica, as manifestaçöes normalmente produzem-se de forma brusca. Os sintomas predominantes são uma evidente dificuldade em respirar e uma extrema ansiedade. Além disso, costuma existir uma notória insuficiência respiratória, evidenciada pela tonalidade azulada da pele e mucosas, ou cianose, devido a falta de oxigénio, que pode gerar, nos casos mais graves, complicações letais.

Tratamento

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O tratamento varia segundo a causa e a gravidade da doença. Em caso de atelectasia obstrutiva, é fundamental desobstruir o mais rápido possível o brônquio ou bronquíolo obstruído, o que pode ser alcançado, conforme o tipo de corpo estranho responsável, ao alterar-se a postura corporal do paciente, ao efectuar massagens para favorecer a drenagem das secreções mucosas ou ao extrair o rolhão mucoso com a ajuda de um catéter introduzido até ao brônquio afectado.
Nos restantes casos, ao mesmo tempo que se tenta corrigir a causa da doença, devem ser tomadas as medidas pertinentes para melhorar a função respiratória, ou seja, deve-se aplicar ao paciente fisioterapia respiratória, aconselhá-lo a mudar de posição com frequência e a realizar inspirações mais profundas para favorecer a drenagem das secreções mucosas. Além disso, caso seja necessário, deve-se proceder a administração de oxigénio e, em alguns casos, a prescrição de antibióticos para prevenir ou tratar uma complicação infecciosa.
Informações adicionais

Aspiração de um corpo estranho

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A aspiração acidental de um corpo estranho pode provocar a obstrução de um brônquio ou bronquíolo, dando origem a uma atelectasia e colapso pulmonar. Embora possa ocorrer em qualquer idade, trata-se de um incidente especialmente frequente durante os dois primeiros anos de vida, pois as crianças têm o hábito de levar a boca qualquer pequeno objecto que alcancem: botões, moedas, rebuçados, qualquer pequena peça de um brinquedo, etc.

Quando se aspira um corpo estranho, este produz uma irritação na mucosa respiratória que desencadeia o reflexo da tosse. Muitas vezes, alguns acessos de tosse são suficientes para que se expulse eficazmente um objecto que apenas conseguiu obstruir parcialmente um brônquio. Todavia, caso o objecto obstrua por completo um brônquio, a tosse pode ser ineficaz, o que dará origem a uma atelectasia. Neste caso, convém efectuar de imediato uma manobra que facilite a expulsão do corpo estranho. Em primeiro lugar, deve-se colocar a criança com a cabeça abaixo do tronco e aplicar-lhe uma série de palmadas nas costas, entre as omoplatas. Caso esta medida não seja eficaz, deve-se proceder a uma outra manobra, ou seja, sentar a criança no próprio colo, inclinar o seu tronco para a frente e abraçá-la por trás, de modo a exercer alguns movimentos de pressão sobre a zona superior do abdómen ou sobre o esterno, o osso central do peito. Se com estas manobras não se conseguir expulsar o corpo estranho, deve-se procurar assistência médica urgente para que sejam tomadas as medidas adequadas de modo a evitar um final trágico.
Fonte:http://www.medipedia.pt/home/home.php?module=artigoEnc&id=229

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DOENÇA PULMONAR OBSTRUTIVA CRÔNICA

O que é?
A doença pulmonar obstrutiva crônica é uma doença crônica dos pulmões que diminui a capacidade para a respiração. A maioria das pessoas com esta doença apresentam tanto as características da bronquite crônica quanto as do enfisema pulmonar. Nestes casos, chamamos a doença de DPOC. Quando usamos o termo DPOC de forma genérica, estamos nos referindo a todas as doenças pulmonares obstrutivas crônicas mais comuns: bronquite crônica, enfisema pulmonar, asma brônquica e bronquiectasias. No entanto, na maioria das vezes, ao falarmos em DPOC propriamente dito, nos referimos à bronquite crônica e ao enfisema pulmonar.
A bronquite crônica está presente quando uma pessoa tem tosse produtiva (com catarro) na maioria dos dias, por pelo menos três meses ao ano, em dois anos consecutivos. Mas outras causas para tosse crônica, como infecções respiratórias e tumores, tem que ser excluídas para que o diagnóstico de bronquite crônica seja firmado.
O enfisema pulmonar está presente quando muitos alvéolos nos pulmões estão destruídos e os restantes ficam com o seu funcionamento alterado. Os pulmões são compostos por incontáveis alvéolos, que são diminutos sacos de ar, onde entra o oxigênio e sai o gás carbônico.
Na DPOC há uma obstrução ao fluxo de ar, que ocorre, na maioria dos casos, devido ao tabagismo de longa data. Esta limitação no fluxo de ar não é completamente reversível e, geralmente, vai progredindo com o passar dos anos.
Como se desenvolve?
O DPOC se desenvolve após vários anos de tabagismo ou exposição à poeira (em torno de 30 anos), levando à danos em todas as vias respiratórias, incluindo os pulmões. Estes danos podem ser permanentes. O fumo contém irritantes que inflamam as vias respiratórias e causam alterações que podem levar à doença obstrutiva crônica.
O que se sente?
Os sintomas típicos de DPOC são: tosse, produção de catarro e encurtamento da respiração. Algumas pessoas desenvolvem uma limitação gradual aos exercícios, mas a tosse somente aparece eventualmente. Outras, costumam ter tosse com expectoração (catarro) durante o dia, principalmente pela manhã, e tem maior facilidade de contrair infecções respiratórias. Neste caso, a tosse piora, o escarro (catarro) torna-se esverdeado ou amarelado, e a falta de ar poderá piorar, surgindo, às vezes, chiado no peito (sibilância). À medida que os anos passam e a pessoa segue fumando, a falta de ar vai evoluindo. Pode começar a aparecer com atividades mínimas, como se vestir ou se pentear, por exemplo. Algumas pessoas com DPOC grave poderão apresentar uma fraqueza no funcionamento do coração, com o aparecimento de inchaço nos pés e nas pernas.
Como o médico faz o diagnóstico?
O médico faz o diagnóstico baseado nas alterações identificadas no exame físico, aliado às alterações referidas pelo paciente e sua longa exposição ao fumo. O médico poderá, ainda, solicitar exames de imagem ou de função pulmonar, além de exames de sangue. Todos estes exames complementares irão corroborar o diagnóstico de DPOC. Os exames de imagem, como a radiografia ou a tomografia computadorizada do tórax mostrarão alterações características da doença. A espirometria, que é um exame que demonstra como está a função pulmonar, usualmente demonstra a diminuição dos fluxos aéreos. Neste exame, a pessoa puxa o ar fundo e assopra num aparelho que medirá os fluxos e volumes pulmonares. Outro exame importante é a gasometria arterial, em que é retirado sangue de uma artéria do paciente e nele é medida a quantidade de oxigênio. Nas pessoas com DPOC, a oxigenação está freqüentemente diminuída.
Como se trata?
A primeira coisa a fazer é parar de fumar. Nas pessoas com muita dificuldade para abandonar o fumo, podem ser utilizadas medicações que diminuem os sintomas causados pela abstinência deste. Os broncodilatadores são medicamentos muito importantes no tratamento. Podem ser utilizados de várias formas: através de nebulizadores, nebulímetros (spraysou "bombinhas"), turbohaler ( um tipo de "bombinha" que se inala um pó seco ), rotadisks (uma "bombinha" com formato de disco que se inala um pó seco), comprimidos, xaropes ou cápsulas de inalar. Os médicos costumam indicar estes medicamentos através de nebulímetros, turbohaler, cápsulas inalatórias ou nebulizadores, por terem efeito mais rápido e eficaz, além de contabilizarem menos efeitos colaterais. Contudo, os medicamentos corticosteróides também podem ser úteis no tratamento de alguns pacientes com DPOC. O uso de oxigênio domiciliar também poderá ser necessário no tratamento da pessoa com DPOC, melhorando a qualidade e prolongando a vida do doente. Além disso, a reabilitação pulmonar através de orientações e exercícios também poderá ser indicada pelo médico com o intuito de diminuir os sintomas da doença, a incapacidade e as limitações do indivíduo, tornando o seu dia-a-dia mais fácil.
Devemos lembrar a importância da vacinação contra a gripe (anual) e pneumonia, que, geralmente, é feita uma única vez.
Como se previne?
Evitar o fumo é a única forma de prevenção da doença. A terapia de reposição de nicotina ou o uso de uma medicação chamada bupropiona poderá auxiliar neste sentido.
Perguntas que você pode fazer ao seu médico
Tem como o médico antever os casos de fumantes que evoluirão para tal doença?
Quais as principais diferenças entre a DPOC e a asma brônquica?
O que há de novo em relação ao tratamento da DPOC?
Quais os pacientes que deverão fazer a reabilitação pulmonar como auxílio no tratamento?
Fonte:http://www.abcdasaude.com.br/pneumologia/doenca-pulmonar-obstrutiva-cronica

domingo, 3 de maio de 2015

Pedido de ajuda importante

Olá visitantes se poderem ajudar esta mãe/pai o blog agradece


MEU FILHO DE 7 ANOS FOI DIAGNOSTICADO COM ESTENOSE DE JUP, MAS ELE SÓ TEM UM RIN
ELE TEM QUE FAZER CIRURGIA
ALGUÉM QUE JÁ FEZ PODERIA ME INFORMAR SE DEPOIS DA CRURGIA TUDO FICOU NORMAL
A DLATAÇÃO FOI CONTROLADA DEPOIS DA CIRURGIA
PRECISO DE UMA PALAVRA DE ALGUEM QUE JÁ PASSOU POR ISTO
OBRIGADA

sábado, 2 de maio de 2015

Urina tipo II

A análise de urina tipo II tem como objectivo excluir problemas urinários e metabólicos. O exame é realizado com a colheita de um ou dois frascos da primeira urina da manhã e os valores normais devem revelar ausência de proteínas, de glucose, de corpos cetónicos, escassez de células epiteliais, densidade entre 1,015 e 1,025, pH entre 4,8 e 8 e vestígios de urobilina. O resultado é descrito por características gerais (aspecto, cor, pH, densidade 20ºC, elementos anormais, entre outros) e exame do sedimento (leucócitos, eritrócitos, células epiteliais, entre outros).Os valores alterados dão indicação ao médico para eventual aprofundamento e estudo do problema.
Fonte:
http://www.saude24.net/index.php/laboratorio-online/699-urina-tipo-ii
Não se esqueça de pedir ao seu médico que passe esta analise.

Aprenda a escolher as carnes gordas e magras

Ao escolher a carne que vai comer deve optar por carnes magras, de preferência carne brancas ou carne criada em casa. Descubra no quadro em baixo algumas dicas:



Carne
Mais gorda
Mais magra

Vaca
Acém, peito alto e hambúrguer;
Bifes de lombo, alcatra e acém redondo;

Criação
Coxa, perna, carne com pele;
Peito de peru e frango, sem pele;

Porco
Bacon, salsichas, barriga, costeletas do fundo e entrecosto;
Lombo e perna de porco;

Vitela
Menos gordura que as outras carnes vermelhas jovens;
Lombo, alcatra, pojadouro e ganso;

Borrego
Peito, mão e cachaço;
Perna e lombo;

Caça
A caça é pobre em gorduras
Faisão, lebre, codorniz e perdiz;

Fonte:
http://www.saude24.net/index.php/cozinha-saudavel/794-aprenda-a-escolher-as-carnes-gordas-e-magras

Arroz de Cação com Açafrão

Ingredientes:

500 grs. de cação em postas não muito grossas
1 dl de vinho branco
250 grs. de arroz
7,5 dl de caldo de peixe
2 cebolas médias picadas
1 dente de alho picado
1,5 dl de azeite
1 colher de chá de açafrão
1 folha de louro
1 colher de sobremesa de coentros picados
2 tomates maduros
1 colher de chá de salsa picada
1 colher de chá de açúcar
coentros picados para polvilhar
Confecção:

Tempere as postas de cação com sal.
Leve um tacho ao lume com o azeite a aquecer.
Junte as cebola e o alho, mexa tape o tacho e deixe refogar em lume brando.
Depois da cebola amolecer, misture o louro, a salsa, os coentros, o açafrão, o tomate sem peles nem sementes e cortado aos bocadinhos, o vinho e o açúcar.
Deixe cozer por 5 minutos.
Adicione o caldo.
Assim que levantar fervura, junte o arroz e o peixe.
Deixe levantar fervura novamente, reduza o lume, e deixe cozer cerca de 15 minutos.
Sirva polvilhado com coentros picados
Fonte:
http://www.gastronomias.com/receitas/rec1908.htm

Salada de Vegetais com Atum

Ingredientes:

500g de Repolho
1/4g de Cenoura
1/4g de Feijão Verde
1 Lata de Atum
2 Tomates meios maduros
1 Cebola grande
2 Pimentos Vermelhos
Azeite,Sal,Vinagre q.b.
Confecção:

Cortar bem fino o repolho, cenoura e feijão verde, dar uma fervura bem leve sem deixar cozer os vegetais.
Passar no passador para escorrer toda água.
* Ao cozer não deve pôr água, pois ira ferver com a própria água depois de bem lavar.
Cortar aos quadradinhos o pimento, tomate e picar a cebola depois temperar tudo e misturar o atum deixar pouco tempo na geleira e servir fresco.

Bom Apetite

Fonte:
http://www.gastronomias.com/receitas/rec1010.htm

ORIENTAÇÕES PARA PACIENTES COM INSUFICIÊNCIA RENAL

Informações para pessoas que sofrem de insuficiência renal crônica, em especial, para aquelas cujo estágio da doença alterou sua vida e que precisam se submeter ao tratamento conservador, dialítico ou ao transplante renal. O que é o rim ? O rim é um órgão duplo, situado na parte mais posterior do abdômen; um deles fica junto à coluna, à direita, logo abaixo do fígado; o outro se situa à esquerda, logo abaixo do baço. Cada rim pesa em torno de 150 gramas e mede de 11 a 12 cm. É um órgão extremamente vascularizado, recebendo a quarta parte de todo o sangue que sai do coração. O sangue que passa pelos rins é filtrado, retirando as impurezas através de um processo chamado de filtração renal. Assim, o rim é um órgão depurador de substâncias indesejáveis ou que estejam em excesso no nosso organismo e, por isso, precisam ser eliminadas. A urina produzida diariamente tem um volume de 700 a 1500 mililitros, contém sais (sódio, potássio, cálcio, fósforo, amônia) e outras substâncias, como uréia, creatinina e ácido úrico. O volume de urina aumenta ou diminui conforme a necessidade de eliminar água, evitando que falte ou se acumule no organismo. Além de eliminar as impurezas e controlar o volume dos líquidos do organismo, o rim produz hormônios. Dentre os muitos hormônios produzidos pelos rins, destacam-se a eritropoetina, que ajusta a produção de glóbulos vermelhos evitando a anemia e a vitamina D3, que regula a absorção do cálcio no intestino. Doenças renais Infelizmente, uma em cada 5.000 pessoas adoece dos rins por motivos diversos. Quando o rim adoece, ele não consegue realizar as tarefas para as quais foi programado, tornando-se insuficiente. As principais doenças que tornam o rim incapaz ou insuficiente são as seguintes: Nefrites (50%) Hipertensão arterial severa Infecção dos rins Diabete (25%) Doenças hereditárias (rim policístico) Pedras nos rins (cálculos) Obstruções Das doenças acima citadas, muitas podem ser evitadas quando precocemente identificadas e acompanhadas pelos médicos especializados em doenças renais (nefrologistas). A detecção precoce também auxilia no controle da doença e para evitar a progressão da mesma, evitando que ela atinja os estágios mais avançados onde há necessidade de terapia renal substitutiva (diálise ou transplante). Geralmente, quando surge uma doença renal, ela ocorre nos dois rins, raramente de um lado só. Quando a doença renal se torna irreversível, na maioria das vezes, a perda da função é lenta e progressiva. Daí a importância do acompanhamento e da orientação médica, que visa a prolongar o funcionamento adequado do rim, mesmo com algum grau de deficiência. A perda de 25%, 50% ou de até 75% das funções renais apresenta poucos problemas médicos. Porém, perdas superiores a 75% da função renal alteram de tal modo o funcionamento do organismo, que modificam a qualidade de vida do paciente. São facilmente identificáveis os problemas clínicos que a insuficiência renal traz aos pacientes que perderam mais de 75% da função do rim: hipertensão arterial, de moderada a severa; anemia severa, que não responde ao tratamento com sulfato ferroso; edema por todo o corpo, aumentando o peso; pele pálida (cor de palha); fraqueza, cansaço, emagrecimento, coceira no corpo; anorexia, náuseas, vômitos e gastrite; cheiro desagradável na boca (cheiro de urina); piora da pressão arterial e aborto em mulheres grávidas; aumento do volume e da micção urinária, com maior volume urinário noturno. a urina é sempre muito clara e da mesma cor; alterações dos exames plasmáticos, uréia sempre superior a 150mg% e a creatinina maior do que 6mg%. Quando a doença avança, destruindo 90% da capacidade funcional do rim, os 10% restantes pouco poderão fazer para manter a saúde do paciente. Neste estágio da doença, o médico deve avisar que o tratamento conservador sozinho não terá mais efeito desejado e a diálise irá substituir o rim irreversivelmente doente e incapaz de manter a vida do paciente crônico. O que é a diálise ? É um processo mecânico e artificial utilizado para limpar o sangue das impurezas acumuladas pelo organismo. Os "tóxicos" que devem sair do organismo são eliminados através de uma membrana filtrante do rim artificial ou a do peritônio (uma membrana do nosso abdômen). Assim, existem dois tipos de diálise: a peritoneal que usa o peritônio como membrana filtrante e a hemodiálise que usa uma membrana artificial como filtro. Para realizar uma hemodiálise o sangue deve chegar ao filtro em grande quantidade num volume superior a 200 ml. Para obter um volume de sangue tão grande é necessário que um cirurgião vascular una uma veia a uma artéria do braço para aumentar bastante o volume de sangue que passa no vaso, tornando-o volumoso e resistente. A fístula artério-venosa, assim formada, deverá ser sempre bem protegida e vigiada pelo paciente para ter um longo período de uso. Uma hemodiálise eficiente e prolongada depende muito dos cuidados com a fístula artério-venosa. Para isso, é preciso manter o braço limpo sem traumatismos e infecções. A ruptura ou o corte da fístula produz uma perda rápida e importante de sangue. Se isto acontecer fora do local onde o paciente realiza as hemodiálises, ele deve colocar um garrote bem apertado acima da fístula, cobrindo o local com um pano limpo e dirigir-se, imediatamente, a um hospital preparado para atender estas emergências. Em caso de qualquer outra alteração na fístula, tal como um ponto vermelho ou se surgir um aumento de temperatura local ou geral, o médico deve ser imediatamente comunicado. Qual o efeito da diálise ? O rim artificial tem a mesma capacidade do rim humano. Assim, uma hora de diálise equivale a uma hora de funcionamento do rim normal. A diferença é que, no tratamento dialítico, realizamos 3 sessões de 4 horas cada uma, num total de 12 horas semanais. Um rim normal trabalha na limpeza do organismo 24 horas por dia, sete dias, perfazendo 168 horas semanais. Assim, o tratamento com rim artificial, deixa o paciente 156 horas sem depuração (168-12=156). Apesar destas poucas horas (12 horas semanais em média), já está provado que uma pessoa pode viver bem nesse esquema de hemodiálise. A hemodiálise é adequada quando o paciente vive em boas condições: sem hipertensão (inferior a 150/90 mm/hg); sem edema e sem falta de ar; sem grande aumento de peso entre uma e outra hemodiálise; com o potássio normal (menos de 5); sem acidose (pH do sangue); com o fósforo normal (menos de 5) com anemia discreta e sem desnutrição com uma fístula funcionante. Com estas condições, poderá viver muito tempo realizando hemodiálise. A hemodiálise tem seus riscos como qualquer tipo de tratamento e apresenta complicações que devem ser evitadas. Por isso, os médicos controlam os sinais exteriores: temperatura corporal, peso, edema, pressão arterial, tosse, falta de ar, anemia e estado da fístula em cada sessão de hemodiálise. Uma vez por mês devem ser solicitados exames de sangue para ver como estão as taxas de uréia, creatinina, potássio, cálcio, fósforo, ácido úrico e sódio (sal). É importante verificar,também, o pH sangüíneo, a nutrição (albumina) e a anemia (hemograma). Cuidados necessários durante o tratamento dialítico Dieta Comer bem, sem sal e com a quantidade de água ajustada, é o grande trunfo do paciente em hemodiálise. Quem consegue isso é um felizardo. Por isso, informe-se com seu médico o que pode e o que não pode comer para conseguir manter seu estado nutricional em boas condições. Lembre-se que comer carne faz menos mal do que sal e água, porque o rim artificial depura muito bem a uréia. O doente renal crônico precisa cuidar da sua alimentação, principalmente, da ingestão de calorias, proteínas, açúcares e gorduras em quantidades adequadas para não emagrecer. Água A água do nosso organismo é eliminada 90 % pelos rins e 10% pela respiração, pele e fezes. Assim, quem não urina e bebe água, vai acumulá-la, aumentando o peso. O que fazer então? Equilibrar a entrada e saída de água, ou seja, se a quantidade de urina é de 500 ml, o paciente só pode beber 500 ml de líquidos. Mas atenção, todos os alimentos têm água. Alguns, praticamente, só têm água, como as frutas. Outros têm 50% de água quando cozidos, como feijão, arroz, legumes, grãos e massas. Esta água deve ser somada também. A água é um grande risco para quem não urina, pois cria muitas complicações e alguns pacientes podem perder a vida nestas complicações. Algumas das complicações do excesso de água são: tremores, tonturas, náuseas, dores de cabeça, hipertensão, falta de ar, edema generalizado, insuficiência cardíaca e edema agudo de pulmão. Se o doente renal crônico urinar menos de 500 mililitros por dia, deve abandonar os copos grandes, usar aqueles para vinhos ou mesmo os pequenos copos para licor. As frutas podem ser consideradas como água pura ingerida. Quando, no verão, a sede é muito grande, chupar pequenos cubos de gelo feitos com água pura: a água pura gelada "mata" mais a sede do que qualquer outro tipo de líquido. Se gostar de água mineral com gás, também pode tomar. Sal É um dos maiores inimigos do doente renal, pelas diversas complicações que causa e, logicamente, também afeta os pacientes em hemodiálise. O sal e a água juntos produzem sede intensa, edema, falta de ar, aumento de peso, hipertensão, tonturas, mal-estar, confusão mental, tremores e abalos musculares. Cada pessoa doente tem um limite de sal que pode ingerir. O seu médico vai lhe dizer qual é a quantidade que pode ingerir por dia, em gramas.Informação prática sobre o sal Tente se acostumar com comida praticamente sem sal. Para manter o sabor, use temperos verdes, ou outras especiarias. Fuja dos enlatados e de carnes processadas, tais como salames, presuntos, mortadelas, salsichas, sardinhas em lata e outros embutidos semelhantes. Proteínas Existem dois tipos de proteínas: as de origem animal (alto valor biológico) e as de origem vegetal (baixo valor biológico). O nosso organismo utiliza e assimila melhor as proteínas animais que as vegetais, por isso, para o doente renal crônico é melhor ingerir proteína animal: carnes, ovos, leite, queijos. Consulte seu médico para saber qual a quantidade diária que pode ingerir. Proteínas de origem vegetal, tais como amêndoas, amendoim, aveia, cacau, ervilha seca, feijões, soja e seus derivados devem ser consumidos com parcimônia, por serem de baixo valor biológico. Três gramas de proteínas vegetais equivalem a uma de alto valor, mas produzem mais uréia para ser eliminada. Os conselhos dietéticos de um nutricionista sempre serão importantes e bem recebidos. Açúcar Se você não tem problema com os açúcares, nem é diabético, é importante que ingira boas quantidades de açúcares, porque eles diminuem a produção de uréia (menor catabolismo protéico). Gorduras Como em toda alimentação sadia, não se deve usar mais do que 20% em gordura. O azeite de oliva é um excelente alimento, use-o nas saladas e nos alimentos para aumentar as calorias. Evite as gorduras animais e frituras. Potássio O potássio deve ser ingerido com muito cuidado, pois seu excesso no doente renal crônico é muito perigoso. Os alimentos mais ricos em potássio são: frutas secas (uva, damasco e ameixa), amêndoa, amendoim, avelã, bacalhau, cacau, castanhas, chocolate em pó, cogumelo, ervilha, fava, feijões, leite em pó, lentilha seca, melado e rapadura de cana, gérmen de trigo e caldas das compotas de frutas. As frutas, em geral, contêm muito potássio. A banana é a fruta que contém mais potássio. Elas não devem ser ingeridas, em demasia, por dois motivos: ninguém consegue comer pouca quantidade e elas são em sua maioria constituídas quase só de água, o que prejudica o controle do potássio e dos líquidos. Se você tem problema de potássio alto, atente para estes alimentos. Se tiver "desejos" de comer frutas, deve ingeri-las durante a sessão de hemodiálise, pois o rim artificial se encarrega de eliminar o excesso de potássio. Cálcio No nosso organismo, os ossos sustentam os músculos, protegem o cérebro dos traumatismos e armazenam o cálcio e o fósforo. Os rins normais controlam o cálcio e fósforo do nosso corpo, poupando ou eliminando estes sais quando necessário. Na insuficiência renal, ocorre um desequilíbrio do cálcio e do fósforo, provocando doença óssea (osteodistrofia renal). Isto ocorre porque o rim é o produtor de um hormônio, a Vitamina D³, que promove a absorção do cálcio no intestino. Sem a Vitamina D³, a taxa de cálcio no sangue é sempre inferior ao normal (hipocalcemia). Havendo hipocalcemia, o organismo tenta normalizar a taxa de cálcio através da retirada de cálcio do osso, surgindo a osteodistrofia renal. Assim o osso desmineralizado apresenta-se dolorido, fratura fácil e o andar pode ser difícil. Com a queda do cálcio, o fósforo aumenta e produz coceiras por todo o corpo, acompanhadas de lesões dermatológicas. O tratamento da hipocalcemia é feito com uma ingestão abundante de cálcio, junto com a Vitamina D³, que, além de melhorar o cálcio, também regulariza o fósforo. Fósforo Os alimentos ricos em fósforo devem ser ingeridos com cuidado. Os alimentos que devem ser evitados são: amêndoa, amendoim, aveia, bacalhau, cacau em pó, castanha de cajú, farinha de soja, feijão, gema de ovo, germen de trigo, leite desidratado, chocolate, bacalhau e peixes salgados, sardinha em conserva, alguns tipos de queijo, alimentos desidratados ou salgados em geral. Se o médico lhe recomendar atenção e cuidado com o fósforo, procure evitar esses alimentos e solicite medicação para diminuí-lo no sangue. É importante retirar o excesso de fósforo do organismo para evitar que, junto com a hipocalcemia, provoque e acentue as lesões ósseas. Quando há excesso de fósforo no sangue, o paciente se queixa de muita coceira pelo corpo todo. Remédios O paciente de insuficiência renal crônica sempre vai necessitar deles para tratar a hipertensão, anemia, hipocalcemia e hiperfosfatemia. Siga rigorosamente a prescrição do seu médico. Transfusões Quando a anemia é muito intensa, pode provocar sintomas, como tontura, cansaço, falta de ar, dor no peito, coração acelerado (taquicardia) e queda de pressão arterial. Nesta situação, a transfusão de glóbulos torna-se necessária. Quanto menos transfusões, menos complicações, como hepatite e sensibilização imunológica, que podem dificultar o transplante futuro. PPara evitar as transfusões é importante tratar adequadamente a anemia associada a doença renal crônica coma reposição de ferro, vitaminas e eritropoetina quando necessário. Instruções gerais Com os rins artificiais modernos e o uso de medicações adequadas, o tempo de sobrevivência e a qualidade de vida dos renais crônicos vêm melhorando muito. Como o indivíduo com insuficiência renal é potencialmente produtivo é importante que ele seja orientado para adquirir capacidade física para o trabalho. Os exercícios para o sistema cardiovascular são importantes para aumentar o desempenho diário. Além disso, o paciente que faz hemodiálise deve: comparecer a todas as sessões de diálise; realizar sempre diálises de no mínimo quatro horas; evitar o excesso de sal, potássio, fósforo e água; manter a taxa de uréia do plasma inferior a 150 mg% e manter a fístula em boas condições. As mulheres, devem evitar a gravidez, porque piora o estado geral de saúde e o aborto é muito comum. Quem pode fazer transplante ? Todo o paciente renal crônico pode submeter-se a um transplante, desde que apresente as seguintes condições: possa suportar uma cirurgia; não apresente doenças em outros órgãos, por exemplo: cirrose, câncer, acidentes vasculares; não tenha infecção ou focos ativos: urinários, dentários, tuberculose, fungos; não tenha problemas imunológicos provocados por muitas transfusões e/ou múltiplas gravidezes. Se o paciente tiver um doador vivo aparentado é melhor. Porém, em todo o mundo, cresce o número de transplantes de cadáver. Esperar um rim de cadáver, entretanto, no nosso país, requer paciência e hemodiálises por um longo período, às vezes anos. Durante o tempo em que aguarda um transplante ou enquanto estiver em hemodiálise, o paciente renal crônico deve assumir algumas atitudes: manter os seus familiares informados sobre a doença renal crônica; observar e avisar o médico de qualquer desvio ou complicação que tenha surgido; conhecer todas as condutas para evitar as complicações; lutar pela doação de órgãos, ajudando e incentivando as campanhas neste sentido lutar para que todos tenham acesso e facilidades no tratamento, quando infelizmente adoecerem. Um lema e uma luta: "Não enterre seus rins, transplante-os!" Perguntas que você pode fazer ao seu médico A hemodiálise é segura? Quais são as principais complicações das diálises? Qual é a melhor diálise? A lista para o transplante é para todos? O doador vivo fica prejudicado com um só rim? Fonte:http://www.abcdasaude.com.br/artigo.php?500&-orientacoes-para-pacientes-com-insuficiencia-renal