sexta-feira, 24 de dezembro de 2010

Pedido de ajuda

Olá a todos os visitantes deste blog venho por este meio pedir a todos que enviem um e-mail para faleconnosco@pt.nestle.com apedirem que a nestlé passe a fabricar produtos de sója referentes as festas como o Natal e pascoa pois á crinança que são não podem comer produtos que contém leite de origem animal, estou a vos pedir isto porque estou frata de ver a minha sobrinha a chorar por lhe termos que lhe negar "exp" um pai natal de chocolate ou um ovo da pascoa tenho a certeza que há muitas crinça com o mesmo problema. Obrigada a todos
por tudo.

terça-feira, 21 de dezembro de 2010

Transplantação de órgãos

Origem: Wikipédia, a enciclopédia livre.Ir para: navegação, pesquisa
Nota: Este artigo refere-se aos procedimentos cirúrgicos de transplante de órgãos. Veja o artigo doação de órgãos para maiores informações gerais sobre o processo de doação de órgãos a serem transplantados.
Chama-se transplantação, ou simplesmente transplante, o ato de colher um órgão ou tecido, ou parte deles, de um indivíduo (doador) e implantá-lo(s) em outro indivíduo (receptor) (ou, no caso de tecidos, no próprio doador).

O primeiro dos transplantes que se assume como tal está imortalizado num quadro de Fra Angélico, onde se observa a intervenção dos santos Cosme e Damião, ao transplantarem a perna de um etíope negro morto, no diácono Justiniano, enquanto ele dormia.

De acordo com os subtipos de transplantações pode-se ter:

Transplantação autoplástica, que ocorre quando se transplantam tecidos do mesmo organismo, de um lugar para outro;
Transplantação heteroplástica, que é a transplantação de órgãos ou tecidos de um organismo para outro. E por sua vez, esta pode ser homóloga, se a transplantação ocorre entre indivíduos da mesma espécie;
Transplantação heteróloga ou xenotransplantação, se o transplante de órgãos ou tecidos ocorre entre indivíduos de espécies diferentes.

Princípios éticos
Os transplantes reflectem questões éticas relativas à experimentação no corpo humano, às decisões políticas relacionadas com a saúde, e, em sentido mais amplo questionam os limites do conceito da dignidade humana.

Deste modo, existe pois um conjunto de três princípios gerais, nos quais, se incorporam intrinsecamente as questões dos transplantes.

O princípio da intangibilidade corporal, que reflecte a pertença do corpo à identidade pessoal, e como tal, merecedor da dignidade e da indisponibilidade inerente à pessoa humana. Desta forma, qualquer intervenção na integridade corporal é simultaneamente uma intervenção na integridade pessoal.

O princípio da solidariedade, que defende que sendo o homem um ser eminentemente social e portador da possibilidade de fazer um conjunto de sacrifícios em função do bem da comunidade, que dentro de estes sacrifícios devem incluir-se as dádivas de órgãos. Desde que estas não impliquem comprometimento da integridade vital.

O princípio da totalidade, acredita que sendo o corpo um todo, cada parte do mesmo deve ser avaliada de acordo com o todo. E por isso, cada parte (membro, órgão ou função), pode ser sacrificado em função do corpo, desde que isso seja útil para o bem-estar de todo o organismo.

Dentro de estes três princípios gerais, insere-se um conjunto de princípios específicos, que se prendem com a medicina das transplantações.

Assim, de acordo com o princípio da autonomia, a colheita de tecidos ou órgãos tem de passar pelo consentimento do doador e do receptor. Em ambos os casos, este apresenta-se como um consentimento informado.

O indivíduo tem a capacidade de decidir qual a informação sua, que quer manter em anonimato, regendo-se por o princípio da confidencialidade.

Através do princípio da gratuidade, o órgão ou tecido apenas poderá ser dado e nunca vendido. Uma vez que este não é um objecto manipulável, mas é antes algo dotado de individualidade própria.

Inerente ao conceito de dignidade da pessoa humana, não existe transplantação do encéfalo (embora exista de tecidos cerebrais), bem como dos órgãos sexuais. Isto porque, estas duas situações parecem pisar a fronteira da identidade. Sobretudo, no que diz respeito ao cérebro, em que se preserva a memória da vida, e por isso mesmo se assegura em última instância a individualidade.

Por fim, tem de se atender ao princípio da não discriminação, em que a selecção dos receptores só pode ser feita mediante critérios médicos.

Relativamente à avaliação moral das transplantações, no que diz respeito às transplantações autoplásticas, estas não oferecem qualquer problema moral desde que seja respeitado o princípio da totalidade. Da mesma forma as transplantações heterólogas são lícitas desde que não impliquem alterações da personalidade.

Nas transplantações homoplásticas, não se levantam problemas éticos, quando apenas se trata de uma parte do corpo que não afecta substancialmente o organismo nas suas funções. Porém, quando se trata de doações de órgãos inteiros, o problema assume maior complexidade. Assim, deve assegurar-se que o doador o faça em plena liberdade e devidamente informado dos possíveis riscos, e que as funções essenciais não sofram graves danos.

Finalmente, nas transplantações heteroplásticas, deve-se ter em conta, os riscos de alteração da personalidade que pode ocorrer no receptor. Pelo que a identidade da pessoa prevalece sobre qualquer utilidade que possa ter a transplantação.

[editar] Perspectiva jurídica
[editar] Em Portugal
Em todas as culturas do mundo, pode assistir-se à existência de problemas éticos relacionados com a prática da Medicina. Porém, os limites éticos e jurídicos decorrentes das intervenções no corpo humano assumem maior relevância, quando se fala de transplantes de órgãos e tecidos de origem humana.

Numa perspectiva jurídica, deve atender-se ao direito a um consentimento informado e ao sigilo médico; ao direito do homem sobre o poder do seu próprio corpo; ao direito do receptor recusar o tratamento, mesmo que isso implique a sua morte. Nos casos, em que a colheita é feita em cadáveres, discute-se ainda o direito da família recusar-se à colheita.

Em Portugal, a 22 de Abril de 1993, foi publicada a Lei 12/93, lei que regulamenta a Colheita e Transplante de Órgãos e Tecidos de Origem Humana. Esta, legisla em relação à colheita em vida, a admissibilidade, a informação, o consentimento e o direito a assistência e a indemnização. No que diz respeito, à colheita em cadáveres, a lei pronuncia-se relativamente a potenciais dadores, ao registo nacional (RENNDA), à certificação da morte, a formalidades de certificação e aos cuidados a observar na execução da colheita. Em ambas vigora, a confidencialidade e gratuidade da doação.

A presente lei confere o anonimato do doador e do receptor, proibindo a revelação da identidade de ambos. Para além disso, a dádiva de órgãos ou tecidos é assumida como gratuita, não devendo nunca ser remunerada e inviabilizando o seu comércio. Relativamente a este ponto, a Convenção para a Protecção dos Direitos do Homem e da Dignidade do Ser Humano face às Aplicações da Biologia e da Medicina, realizada em Oviedo em 1997 e entrando em vigor em Portugal em 2001, refere no seu Capítulo VII (sobre a proibição de obtenção de lucros e utilização de partes do corpo humano), artigo 21º: “O corpo humano e as suas partes não devem ser, enquanto tal, fonte de quaisquer lucros”.

A legislação Portuguesa, e à semelhança de qualquer outra, apenas autoriza a colheita em vida de substancias regeneráveis (art. 6º). Porém, embora esta proibição seja absoluta para menores e outros incapazes, a titulo excepcional é permitida a dádiva de órgãos e substancias não regeneráveis, sempre que exista uma relação de parentesco até ao terceiro grau. Este tipo de norma restritiva pretende de algum modo, prevenir a comercialização de órgãos. Que mais tarde é reforçada em 2001, com a Convenção para a Protecção dos Direitos do Homem e da Dignidade do Ser Humano face às Aplicações da Biologia e da Medicina, com o seu capítulo VII, artigo 22º, onde é referido: “Sempre que uma parte do corpo humano tenha sido colhida no decurso de uma intervenção, não poderá ser conservada e utilizada para outro fim que não aquele para que foi colhida e apenas em conformidade com os procedimentos de informação e consentimento adequados”. No entanto, o artigo 6º para além de inviabilizar a solidariedade dúbia, elimina os verdadeiros actos de solidariedade que existem entre cônjuges e amigos.

Em relação aos dadores incapazes, está presente a distinção entre menores e incapazes por anomalia psíquica.

No que diz respeito, às doações de substâncias regeneráveis nos maiores incapazes por anomalia psíquica, só pode ser feita mediante autorização judicial (art. 8º/5). Para os menores, é suficiente a autorização dos pais ou do tribunal em caso de ausência de poder paternal (art. 8º/3), sem ser necessária uma autorização judicial. Nos menores que apresentam capacidade de discernimento, exige-se somente o seu consentimento expresso. Sendo a idade necessária para este tipo de consentimento, os catorze anos de acordo com o Código Penal (art.38º/3). Contudo, este valor não é estático, sendo adaptável ao acto médico em causa.

Por fim, os dadores têm o direito de ter um seguro obrigatório (art.9º/2), com o intuito de serem indemnizados por qualquer dano sofrido.

Em relação, à colheita de órgãos ou tecidos em cadáveres, a legislação opta por considerar como potenciais dadores quem não tenha manifestado ao Ministério da Saúde a sua qualidade de não dador. Surge assim, a criação do RENNDA (Registo Nacional de Não Dadores), este é um sistema informatizado, onde se encontram todos os que manifestaram junto do Ministério a sua total ou parcial indisponibilidade em doar post mortem, certos órgãos ou tecidos. O RENNDA está patente na publicação do decreto-lei 244/94, de 26 de Setembro.

Esta lei opta deste modo pela oposição ou o contracting/out, ao considerar que têm de ser os não dadores a manifestarem a sua vontade. Pelo que alguns autores defendem que assim pode não estar a ser feita a vontade real do cadáver, mas antes a sua vontade presumida.

De tudo o que foi referido até então, deve salvaguardar-se que: a transfusão de sangue, a dádiva de óvulos e esperma, a transferência e manipulação de embriões, bem como a colheita de órgãos para fins de investigação científica, são dotados de legislação especial.

Em Portugal, a colheita de órgãos ou tecidos está organizada da seguinte forma: ao Governo compete regular a organização e funcionamento do RENNDA. A Lusotransplante é responsável pela monitorização dos resultados, ou seja o “cross-match” entre dadores/receptores e terapêutica imunológica. E os Gabinetes de Coordenação de Colheitas e Transplantes têm também paralelamente à Lusotransplante toda a coordenação dos diferentes dados.

Finalizando, na nossa opinião a Lei 12/93 de 22 de Abril, apresenta duas grandes lacunas: em primeiro lugar, o não fazer qualquer referência à família, como passível de desempenhar um papel na expressão de vontade do falecido. Em segundo lugar, também a ausência de parecer, relativamente às xenotransplantações.

[editar] Doadores vivos
Um dos argumentos mais sólidos contra a doação por parte de estranhos assenta no facto de que a primeira responsabilidade de um médico é não fazer mal, e remover um órgão de uma pessoa saudável coloca-a sempre em risco (Ross, 2002). O argumento falha porque o princípio de não maleficência não é absoluto, ou seja, existem práticas médicas que podem causar um determinado mal ao doente apesar de serem para o seu benefício.

Se os benefícios para o doador (psicológicos e morais) ultrapassarem os riscos para o mesmo (físicos e morais) então a doação é moralmente aceitável. O argumento de não maleficência também falha porque tem uma noção de mal muito limitada, ou seja, apenas considera o mal físico. As pessoas também podem sofrer psicologicamente se forem impedidas de doar um órgão.

O principal argumento moral que apoia a doação de órgãos por parte de estranhos é baseado no princípio de respeito pela autonomia “Se um adulto competente procura agir de forma altruísta e se oferece para doar um órgão sólido incondicionalmente, e compreende os riscos e benefícios do procedimento, então o seu desejo deve ser respeitado” (Ross, 2002)

Apesar de não existirem benefícios físicos para o doador, alguns estudos demonstraram um aumento da auto-estima e sentimentos de bem-estar entre os dadores.

Os doadores não aparentados devem ser sujeitos a critérios mais rigorosos. Os dadores familiares devem poder correr mais riscos já que têm mais a ganhar com a doação do que dadores estranhos.

A doação por parte de dadores vivos, inicialmente, era limitada aos dadores familiares para reduzir o risco de imuno-rejeição, porém, a terapia imunossupressora permitiu que não só os familiares fossem dadores mas também outras pessoas significativas.

Um dos argumentos que apoiam a doação por parte de estranhos é o facto de a procura de órgãos ser muito maior do que a oferta.

No entanto, alguns problemas se levantam. Será que o doador compreende os riscos para a sua saúde, conforto e qualidade de vida que podem decorrer da doação? O problema do consentimento informado é que apesar da informação ser dada ao dador, nada nos garante que ele realmente a compreenda na sua totalidade. Ou seja, pode ser difícil para a pessoa transformar dados estatísticos no seu caso particular, e quem nunca se submeteu a uma cirurgia abdominal, por exemplo, pode ter dificuldades em imaginar o pós-operatório ou possíveis consequências na cirurgia na sua qualidade de vida.

Deve fornecer-se ao doador toda a informação necessária, ajustada ao seu contexto social, económico, afectivo, etc. Não se deve cingir apenas a informação técnica mas personalizar o conteúdo para aquela situação específica. É então importante que haja a certificação de que a informação foi compreendida pelo dador, que ele está ciente dos riscos que corre. Contudo, deve enfatizar-se o lado positivo da questão, ou seja, o gesto altruísta que ela significa.

Se existirem circunstâncias extenuantes, ou seja, possibilidades de predisposição genética para futuras doenças que aumentem o risco da doação, então o doador deve declinar devido ao risco excessivo para a sua saúde. Levinsky (2003) pergunta ”haverá um nível em que o risco do procedimento é tão grande que não devemos submeter voluntários ao mesmo, ainda que estes se movam pelos motivos mais altruístas?”. Kahn (2002) diz que o consentimento não é suficiente, e que existem limites para o risco que qualquer dador deve correr, aparentado ou não. Ou seja, para o autor o aumento do risco faz a balança fugir da aceitabilidade ética e que com determinados níveis de risco nenhum dador devia ser autorizado a doar apesar do seu consentimento.

Nos últimos anos tem surgido vários casos de tráfico de órgãos retirados a indivíduos pobres. Estas vendas são obviamente ilegais. Os argumentos contra a venda de órgãos têm a ver com a diluição do altruísmo e a “comercialização” do corpo humano que representa, sendo que estas razões ultrapassam largamente as objecções lógicas e económicas. Não são comuns, porém são inesquecíveis as histórias que nos lembram que a doação de órgãos não é apenas altruísta. (Johnstone, 1994).

A declaração da Associação Médica Mundial sobre doação e transplantação de órgãos e tecidos, feita na 52ª Assembleia-geral em Edimburgo em Outubro de 2000 diz: “O pagamento de órgãos e tecidos para doação e transplantação deve ser proibido. Um incentivo financeiro compromete o voluntariado da escolha e a base altruísta para a doação de órgãos e tecidos. Além disso, o acesso a tratamentos médicos com base na possibilidade de pagamento é inconsistente com os princípios de justiça. Órgãos que se suspeitem ter sido obtidos através de transacções comerciais não devem ser aceites para transplante. A publicidade a órgãos deve ser proibida. Todavia, o reembolso dos custos de procura, transporte, preservação e implantação são permitidos”.

Pedro Arroja (1994) assume uma posição diferente, defendendo o princípio de propriedade privada “(...)qualquer pessoa em vida pode oferecer post-mortem os seus órgãos para venda.(...)no princípio da propriedade privada, segundo a qual os órgãos de uma pessoa (como quaisquer outros bens) pertencem post-mortem aos seus herdeiros – e não ao estado, como prevê a lei dos transplantes”. A decisão de doar um órgão deve ser livre de coerção ou manipulação, seja social ou financeira. Segundo a posição do Comité de Ética da Rede Unida para a Partilha de Órgãos(UNOS), os dadores devem doar os órgãos incondicionalmente, sem especificar idade, raça ou género.

[editar] Doadores mortos
Os doadores mais adequados são aqueles cuja causa de morte é a cerebral, em unidades de cuidados intensivos, com menos de 35 anos, ou 40 no caso das mulheres e sem história de doença cardíaca. Os avanços na terapia imunossupressora e nas técnicas de preservação e transporte de órgãos enfatizam o contributo que os mortos podem dar aos vivos. Porém, a procura é maior do que a oferta.

As directivas da maior parte dos centros de transplantes sublinham que devem manter-se todos os esforços para salvar a vida do potencial dador, incluindo tratamento de emergência, manutenção da T.A., transfusões de sangue, tentativas de ressuscitação, etc. A declaração de morte cerebral marca uma mudança nas prioridades. Agora, ao invés de tentar salvar aquela vida, tenta preservar-se o melhor possível o corpo para retirar os órgãos. No entanto, apesar da pessoa estar morta ainda há questão do respeito pelo cadáver. Por exemplo, “É justo usar um cadáver como fonte de “partes suplentes?” (Johnstone, 1994). É justo subordinar crenças culturais e tradições enraízadas para benefício científico?

Os potenciais doadores que se encontram em morte cerebral não são meras “coisas” para serem descartados, mas são seres humanos que ainda são reconhecidos como parte integrante do grupo humano. Apenas porque estão em morte cerebral não deixam de ser a mãe ou o filho de alguém. Como mostra a cultura, as relações não terminam com a morte. Além disso, será que podemos subordinar os interesses do dador aos do receptor? (Evans, 1995). Pode argumentar-se que não temos uma noção clara do que são os interesses de um morto, contudo, existe sempre a noção de respeito.

[editar] Receptores
Os receptores devem receber acompanhamento psicológico no sentido de lhes dar segurança, esclarecer dúvidas acerca da cirurgia, complicações, etc., Só se deve considerar o transplante se houver hipóteses de sucesso clínico. Mas o que se deve considerar “esperança razoável de sucesso clínico”? .Quais os critérios que definem o sucesso clínico razoável e para quem é que estes são aceitáveis?

Ter que viver com um órgão que não nos pertence pode suscitar uma grande variedade de sentimentos. É importante que se faça um ajustamento psíquico para assimilar esta realidade. Segundo Bernardo(1995) “O viver serenamente com, um órgão alheio exige preparação e adaptação psíquica de modo a que não haja conflito a nível do “eu” do sujeito”.

[editar] Família
É frequente surgirem fenómenos de transferência nas famílias, essencialmente, de doadores mortos. Assim é importante salvaguardar a identidade do receptor, uma vez que estes fenómenos da transferência de afectividade e emoções podem ter consequências imprevisíveis e nefastas.

Da mesma forma, também o receptor não deve ter acesso à identidade do dador. Pode discutir-se que o facto da família do dador conhecer o receptor e ver os efeitos do transplante podia ser benéfico para esta, porém os riscos de transferência afetiva sobrepõem-se às vantagens que isto poderia oferecer. O facto de o receptor conhecer dados biológicos do dador poderá também ter efeitos negativos. A família do dador atravessa uma situação afectiva bastante intensa que poderá variar consoante o quadro do dador.

Em caso de morte eminente há uma mistura de sentimentos que podem inclusive chegar a ser contraditórios.

A lei portuguesa não atribui poder de decisão à família em relação à doação de órgãos, apenas em casos de menores e incapazes. Nestes casos, para a família tomar uma decisão, é absolutamente necessário que esteja na posse de informação acessível no sentido desta poder ponderar com maior clareza.

[editar] Técnicos
A equipe de transplantes tem a obrigação moral de providenciar órgãos nas melhores condições possíveis (Evans, 1995).

Os técnicos devem recusar retirar um órgão se esse procedimento constituir um risco de morbilidade ou mortalidade para o doador, como por exemplo retirar os dois rins ou o coração.

A equipe de transplantes deve impor limites mais rígidos à doação por parte de estranhos, já que esta, partilha responsabilidades morais na decisão. (Ross, 2002).

A profissão de enfermagem tem a obrigação moral de confrontar e lidar com as questões ético-legais de transplante que podem representar uma ameaça séria à integridade da prática holística da enfermagem (Johnstone, 1994).

[editar] Conceito de morte cerebral
Ao realizar-se a recolha de órgãos e tecidos é necessário ter em consideração, o consentimento/dissentimento, o Princípio da Confidencialidade do dador e receptor e o reconhecimento que a morte se define como morte do tronco cerebral.

Desde o século XVII que a paragem cárdio-respiratória e cerebral eram sinónimo de morte, entendia-se que a inactividade do coração levava à disfunção dos outros dois órgãos. Nos anos 50 desenvolveram-se técnicas que permitiram o suporte artificial das funções vitais. Assim, em 1957, o Papa Pio XII sugere que se incrementem debates éticos relativamente a esta situação.

Deste modo a medicina definiu morte sustentada em critérios cerebrais, já que a ausência de batimentos cardíacos e da respiração se encontram camuflados pela tecnologia de suporte avançado de vida.

O conceito de morte cerebral suscita alguma discussão. Alguns defendem que esta definição surge em resposta à necessidade de aumentar o número de dadores, sendo considerada, unicamente, como um objectivo utilitarista. Outros defendem que os objectivos são de carácter humanitário e equitativo. Perante esta conflitualidade, o Conselho Nacional de Ética para as Ciências da Vida elaborou o parecer 10/CNEVC/95, referindo que o diagnóstico clínico de morte implica uma avaliação científica e ética que comprove a irreversibilidade das funções do tronco cerebral. As razões que justificam a adopção deste critério são as seguintes:

só as funções do tronco cerebral permitem o funcionamento do corpo como um todo;
a avaliação da irreversibilidade nos utentes inconscientes é rápida e segura;
o tronco cerebral não pode ser submetido a prótese ou transplantes;
O parecer acrescenta ainda que os critérios para declarar a morte de dadores são iguais aos não dadores, de modo a manter a consistência e o respeito pelos mortos e familiares.

A declaração da Ordem dos Médicos prevista no artigo 12º da Lei nº12/93 de 22 de Abril, institui as considerações prévias, para definir o diagnóstico:

conhecimento da causa e irreversibilidade da situação clínica;
estado de coma com ausência de resposta motora à estimulação dolorosa na área dos pares cranianos;
ausência de respiração espontânea;
constatação de estabilidade hemodinâmica e da ausência de hipotermia, alterações endocrino-metabólicas que possam levar ao estado de coma;
Para a confirmação do diagnóstico o utente deverá apresentar atonia muscular e ausência de toda a actividade reflexa a nível cerebral.

A verificação é realizada, no mínimo, por dois conjuntos de provas com intervalo adequado à situação clínica e à idade, executadas por dois médicos especialistas que não pertencem à equipa de transplantação e pelo menos um não pertence à unidade em que o doente está internado, isto para impedir que os médicos sejam sujeitos a conflitos éticos. Sempre que necessário são realizados exames complementares.

Esta metodologia permite “que alguém considerado morto como pessoa, permaneça com actividade biológica e sejam os órgãos vitais mantidos em condições favoráveis para serem transplantados.” (Nunes, M., Luz, P., 1998)

[editar] Intervenções de Enfermagem
O envolvimento de qualquer profissional de enfermagem quer com o doador, ou o receptor é necessário conhecimentos sobre os direitos humanos, ética e legislação sobre a morte cerebral e doação de órgãos. As dimensões culturais, psicológicas e religiosas envolvidas neste processo não podem ser subestimadas. As actividades realizadas pelos profissionais de enfermagem são carregadas de emoções e sentimentos como insegurança, angústia, pena, medo e raiva (Albertina Coimbra et. al., 19--). Os profissionais percebem a importância de realizar as actividades que são da sua competência e não querem “fugir” às suas responsabilidades, mas também necessitam de apoio e de arranjar estratégias para lidar com os seus conflitos internos (Albertina Coimbra et. al., 19--).

Começaremos por referir o papel do enfermeiro na equipa de doação de órgãos e seus sentimentos perante a morte cerebral, visto o enfermeiro ser o profissional de saúde mais próximo do dador e respectiva família. A família é um elemento importante neste processo, mentir-lhe ou transmitir-lhe falsas esperanças não é solução, visto o enfermeiro ter investido no doente e família enquanto vivo, e por isso, perceber a dinâmica, cultura e o seu contexto, é o profissional mais apto para envolver a família neste processo adequando a informação às necessidades da família, bem como apoiá-la emocionalmente, trabalhar o luto e o processo seguinte.

Um dos factores referidos que puderam contribuir para a desmotivação e angústia da equipa de enfermagem é o facto de a equipa de saúde que cuida do dador não ter qualquer informação sobre o destino do órgão e do receptor – se a transplantação teve sucesso. Estes profissionais acabam por lidar apenas com a morte, desconhecendo as repercussões a curto prazo da mesma, o seu “fim nobre”, a “magnanimidade do acto” (Albertina Coimbra et. al., 19--).

Uma solução para este problema seria a possibilidade da equipa de enfermagem poder entrar em contacto com a pessoa que irá receber o transplante e ter conhecimento do sucesso do mesmo, bem como do seu contributo para a qualidade de vida do receptor (Albertina Coimbra et. al., 19--).

Outra das causas geradora dos sentimentos negativos acima referidos é a ambiguidade como é declarada a morte cerebral, tendo sido referido que “nem sempre há consenso entre as especialidades”, além das dúvidas suscitadas pela forma como é escolhido o dador e a própria declaração de morte cerebral. Neste caso a formação e esclarecimento da equipa envolvente era uma mais valia, bem como reuniões periódicas multidisciplinares em que os profissionais pudessem verbalizar os seus sentimentos e partilhar experiências (Albertina Coimbra et. al., 1995).

Para perceber a dualidade de sentimentos dos enfermeiros é importante perceber as suas funções e actividades que envolvem o cuidar da pessoa antes de ser dador, começa por tratar de um ser vivo com quem estabelece uma relação e as suas funções visam a sua sobrevivência, em que numa fase seguinte tem de “parar de tratar um vivo para começar a preparar um morto para doação” (Albertina Coimbra et. al., 1995).

O enfermeiro na equipa de transplantes, apesar de a decisão, a indicação e a execução de transplantes não serem competências de enfermagem, o seu papel não é menos importante pois o transplante de órgãos exige não só conhecimento técnico (teórico-prático) como também da cultura e religião das pessoas envolvidas de forma a adequar as suas intervenções para que todos sejam beneficiados.

Ao longo de todo este processo tanto para o dador como para o receptor é essencial perceber e tomar em consideração os factores culturais para a elaboração de programas educativos eficazes sobre as particularidades da morte cerebral, doação de órgãos e transplantes, existem mitos e crenças sobre estes temas que com respectiva informação e desmistificação poderão ser esclarecidas, havendo uma adesão consciente e informada a este processo, ou o contrário, – é essencial a pessoa estar informada para optar (A. S. Daare e P. Marshall, 19--).

[editar] Perspectiva religiosa e cultural
Começaremos pela questão da morte. A morte cerebral bem como a doação de órgãos é aceite pelo hinduísmo, cristianismo e islamismo. Os japoneses são resistentes à ideia de morte cerebral, sendo uma das causas respeitante ao destino da pessoa após a morte, está relacionada com a mutilação do corpo e a impureza associada ao corpo morto. O hinduísmo, apesar da sua posição na matéria utilizando como argumento a ajuda ao outro e a teoria do Karma, as suas tradições como a cremação do corpo completo e a ideia de que o corpo é intocável poderiam ser utilizadas como argumentos contra a colheita de órgãos. O budismo que considera a vida como uma ilusão e a morte com um fim provisório, dando pouca importância ao corpo depois da morte, não apresentando argumentos contra o transplante e recolha de órgãos (A.S. Daare, P. Marshall, 19--).

Em relação à religião judaica, mesmo os ortodoxos apoiam estes actos médicos, tendo apenas com exigência que na colheita feita em cadáver, a morte tenha sido determinada de acordo com a Halachá – e que o órgão seja utilizado de imediato, não é permitido a doação para o banco de órgãos.

No islamismo, a importância do corpo leva certas correntes a recusar as colheitas de cadáveres por a integridade corporal ser conditio sine qua non para o acesso à vida eterna (Luís Archer, Jorge Biscaia, Walter Osswald, 1996).

Apesar de serem contra a transfusão de sangue, as Testemunhas de Jeová não são contra o transplante de órgãos. A igreja Anglicana “apoia tudo que preserve a vida que foi criada por Deus” (Reverendo Abmael), se na Bíblia nada indica que Deus é contra o transplante de órgãos, então a igreja não é contra.

A transplantação de órgãos, nomeadamente a sua aceitação, o consentimento de doação, a organização do programa de transplantação, o tipo de transplantes realizados e o resultado dependem em parte de considerações culturais. O sentido simbólico de certos órgãos, especificamente o coração, pode ser obstáculo ao transplante (A.S. Daare, P. Marshall, 19--).

O mesmo se acontece com o comércio de órgãos, existe uma “zona cinzenta” na fronteira que separa a doação da venda, é importante perceber as circunstâncias em que se realizam as transacções. Na república islâmica do Irão existe um vasto programa que define as formas de compensação financeiras julgadas culturalmente aceites quando uma pessoa viva faz a doação de um dos seus rins a uma pessoa que não seja um familiar, os argumentos que defendem esta via são, entre eles o facto de não haver intermediários, os dadores terão de se submeter a um teste psicológico, as remunerações são fixas, os dadores são aconselhados sobre a forma de investirem o dinheiro recebido e são cobertos por um seguro de doença durante os três anos seguidos da doação (A.S. Daare, P. Marshall, 19--).

Nos Estados Unidos foi proposto a criação de um mercado a termo fixo de órgãos colhidos em cadáveres, o que foi aceite pelas associações médicas. Na Filadélfia é oferecido um prémio pela doação de órgãos às famílias de pessoas recentemente mortas.

Na Índia, apenas recentemente foi adoptada uma lei sobre o transplante de órgãos humanos que visa abolir o comércio de órgãos e facilitar a colheita em cadáveres, instituindo o princípio da morte cerebral (A.S. Daare, P. Marshall, 19--).

Em relação à posição de diversos líderes religiosos, islamismo autoriza a remuneração em circunstâncias bem definidas e eruditos da religião judaica afirmam não encontrarem obstáculos à concessão de uma compensação (A.S. Daare, P. Marshall, 19--).

Esta é uma questão complexa que deve ser analisada tendo em conta os parâmetros culturais, políticos e económicos.

[editar] Em Portugal
O primeiro transplante em Portugal foi feito a a 20 de Julho de 1969 em Coimbra, pelo médico Linhares Furtado. Tratou-se do transplante renal entre dadores vivos[1].

[editar] No Brasil
No Brasil, o primeiro transplante de córneas foi realizado em 1954[2]. Os primeiros de fígado[3], coração e de rins foram todos realizados em 1968[4].

[editar] Ligações externas
Portaria n.º 357/2008, do Ministério da Saúde Português, que regulamenta a rede nacional de coordenação de colheita e transplantação.
Lei 12/93 da República Portuguesa, Colheita e Transplante de Órgãos e Tecidos de Origem Humana.
Perguntas e Respostas sobre Transplante de Medula Óssea
TRANSPLANTE DE MEDULA É FEITO SEM TRANSFUSÃO DE SANGUE
Trabalho de investigação sobre transplantação renal realizado por enfermeiros Portugueses
Associação Brasileira de Transplantes de Órgãos - ABTO
[editar] Bibliografia
Johnstone, Megan-Jane – A nursing perspective, Sydney, W. B. Saunders, Bailliére Tindall, 1994 ISBN 0-7295-1421-8
Evans Martyn – Dying to help: moral questions in organ procurement - in Death, dying & bereavemente, de Dickenson, Donna; Johnson, Malcon, London, Sage, 1995 ISBN 0-8039-8797-8 (pp 135 – 141)
Coimbra, Albertina; Quintela, Elsa; Piçarra, Graça; Santos, Laurinda – Percepção do Enfermeiro perante a morte cerebral e a doação de órgãos, Sinais Vitais, nº 5, Nov. 1995 (pp 35 – 38)
A.S. Daare, P. Marshall – Aspectos culturais e psicológicos do transplante de órgãos, Servir, nº47, nº3, 19-- (pp 153 – 159)
Luís Archer, Jorge Biscaia, Walter Osswald – Bioética, Lisboa, Verbo, 1996 ISBN 972-22-1719-4
Referências
1.↑ http://jn.sapo.pt/PaginaInicial/Sociedade/Interior.aspx?content_id=1312316
2.↑ Notícias UOL - Primeiro transplante realizado no Brasil foi de córneas, em 1954
3.↑ http://www.transpatica.org.br/
4.↑ Sociedade Brasileira de Nefrologia - SBN
[Esconder]v • eDoação e transplante de órgãos
Tipos Aloenxerto (Alotransplante) • Alloplant • Autotransplante • Xenotransplante
Órgãos e tecidos Osso • Medula óssea • Córnea • Face • Mão • Coração • Coração-pulmão • Renal • Fígado • Pulmão • Pâncreas • Pênis • Pele • Baço • Útero
Tópicos relacionados Biomedical tissue • Memória celular • Protocolo de Edmonton • Banco de olhos • Doença do enxerto contra hospedeiro • Drogas imunossupressoras • Transplantes de células de ilhotas • Implantes • Transplante de fígado com doador vivo • Lung allocation score • Machine perfusion • Enxerto médico • Non-heart beating donation • Doação de órgãos e tecidos • Post-transplant lymphoproliferative disorder • Repugnant market • Irradiação corporal total • Rejeição de transplante
Organizações Associação Brasileira de Transplantes de Órgãos • Aliança Brasileira pela Doação de Órgãos e Tecidos • Halachic Organ Donor Society • Human Tissue Authority • National Marrow Donor Program • United Network for Organ Sharing
Pessoas Hamilton Naki • Christiaan Barnard • Michael Woodruff • Alexis Carrel • Norman Shumway • Jean-Michel Dubernard • Lista de doadores e receptores notáveis de transplante de órgãos
Fonte:
http://pt.wikipedia.org/wiki/Transplanta%C3%A7%C3%A3o_de_%C3%B3rg%C3%A3os

Doentes renais crônicos sem diálise também devem se preocupar com cálcio



Estudo publicado em revista científica alerta pacientes renais para alto e baixo nível de cálcio no sangue

Controlar os níveis de cálcio no sangue em doentes renais crônicos é muito importante, mesmo que eles não necessitem de diálise. É o que sustenta um estudo publicado na revista 'Clinical Journal of the American Society of Nephrology', que mostra que a maior mortalidade nos pacientes com níveis baixos ou altos dessa substância.

Embora as anomalias na quantidade de cálcio no sangue tem sido identificadas como fator de risco de morte nas pessoas com doenças renais crônicas submetidas diálise, ainda não foram encontradas as mesmas evidências nos pacientes que não precisam do procedimento.

Para esclarecer este ponto, os pesquisadores do Veterans Affairs Medical Center Salem, nos Estados Unidos, contaram com a colaboração de 1.243 homens que sofriam de doença renal crônica moderada e avançada, que não precisavam de diálise. Os pacientes foram avaliados entre 1990 e 2007 e submetidos a acompanhamento até 2009.

Os resultados obtidos refletiram que os altos níveis de cálcio no sangue aumentaram a mortalidade entre os doentes, especialmente quando as quantidades elevadas se mantinham durante longos períodos. Em particular, os doentes que apresentaram níveis elevados, aumentaram em 31% o risco de morte, se comparados a pacientes com taxas normais. Por outro lado, uma exposição durante um curto período de tempo a níveis baixos, também aumentou o risco de morte em cerca de 21%.

Tendo em vista esses fatores, os cientistas concluíram que os níveis elevados de cálcio se associam com o aumento da mortalidade a longo prazo, já que poderiam intervir em processos que requerem um maior espaço de tempo para causar danos como a calcificação dos vasos sanguíneos e dos tecidos moles. Enquanto isso, as taxas de cálcio abaixo do normal aumentariam a mortalidade a curto prazo, já que seriam responsáveis por danos notórios em pouco tempo, como as anomalias do ritmo cardíaco.

Os autores explicam que "a hipercalcemia e hipocalcemia aguda estão associadas a um aumento da mortalidade em pacientes do sexo masculino com doença renal crônica independentemente da diálise. Portanto, manter os níveis de cálcio no sangue normais pode ser benéfico para estes pacientes, mas é preciso estudos prospectivos para determinar quais são os níveis séricos de cálcio e como podem atingir esses fatores para se chegar ao melhor potencial terapêutico.

Por fim, os pesquisadores advertem que os tratamentos médicos para induzir a hipercalcemia ou hipocalcemia devem ser avaliados para quaisquer efeitos adversos em ensaios clínicos adequadamente concebidos.
Fonte:
http://www.isaude.net/pt-BR/noticia/4238/ciencia-e-tecnologia/doentes-renais-cronicos-sem-dialise-tambem-devem-se-preocupar-com-calcio

domingo, 19 de dezembro de 2010


MOUSSE TROPICAL

Ingredientes:
2 magas
6 kiwis
1 maracujá
150 g de açúcar
400 ml de creme de leite
Suco de 1 ½ limão

Preparo:
- Em uma panela, coloque suco de limão, 120 ml de água e o açúcar. Ferva em fogo brando até formar um xarope. Deixe esfriar. Em uma vasilha coloque o creme de leite e bata até ficar consistente. Derrame o xarope de limão, aos poucos, sobre o creme. Bata mais e reserve.
- Separe metade do creme e misture com as mangas (descascadas e trituradas no liquidificador). Coloque em um recipiente de vidro e leve à geladeira.
- Separe a outra metade do creme em duas porções. Na primeira junte o Kiwi (descascado e triturado). Coloque essa mistura sobre o creme de manga e leve novamente à geladeira. Na outra porção junte a polpa de maracujá (coada). Coloque sobre o creme de kiwi. Deixe tudo na geladeira. Sirva com biscoitos de amêndoas.


Outra bela sugestão para o Natal (não se esqueção de ir visitar as fontes das minhas publicações)
Fonte:http://olindaurgente.blogspot.com/2008/12/mais-sugestes-para-ceia-de-natal.html

Espetadas de Polvo

Ingredientes:
2 kg de polvo
1 pimento verde
1 pimento vermelho
1 cebola
4 cenouras
400 g de brócolos
400 g de couve-flor
2 l. de água
2 dentes de alho
1 ramo de salsa
1 dl de azeite
2 colheres (sopa) de sumo de limão
água q.b.
sal q.b.
Preparação:
Coza o polvo na panela de pressão durante 30 minutos. Retire e deixe arrefecer. Corte os pimentos e a cebola aos cubos e faça as espetadas, intercalando o polvo com a cebola e os pimentos. Tempere-as com sal e pimenta e reserve. Corte a cenoura às rodelas e separe os ramos dos brócolos e da couve-flor.
Coza-as na água temperada de sal e pimenta, introduzindo primeiro a cenoura, depois a couve-flor e por fim os brócolos. Retire e reserve.
Triture os alhos com a salsa, o azeite, sumo de limão e sal. Rectifique os temperos. Grelhe as espetadas lentamente. Sirva-as com legumes e o molho

Pode ser uma boa receita de Natal para quem não gosta do Bacalhau

Fonte: http://www.receitasemenus.net/content/view/2923/343/

segunda-feira, 6 de dezembro de 2010

Cuidados dentários






Periogard Plus

Dentífrico para o controlo avançado da Placa Bacteriana

Periogard Plus é um dentífrico desenvolvido para prevenir, ajudar a eliminar, os problemas orais dos adultos:
- Placa bacteriana
- Gengivite
- Hemorragia gengival
- Tártaro
adequada

Escove correctamente os dentes com Periogard Plus, pelo menos duas vezes ao dia, de preferência de manhã e ao deitar, ou seguindo as indicações do seu dentista ou higienista. Crianças dos 2 aos 6 anos: use apenas a quantidade do tamanho de uma ervilha e supervisione a escovagem e bobhecho (para minimizar a deglutição).

Crianças com menos de 2 anos: peça conselho ao seu dentista ou pediatra.

Ingrediente activo
Citrato de zinco tri-hidratado (2%), Monofluorfosfato de sódio (1000 ppm F)

Características Benefícios
Clinicamente comprovado 52% redução da placa e 67% redução da gengivite

Melhores resultados com o uso prolongado Benefício acrescido

Contém citrato de zinco Refresca o sabor

Uso diário como dentífrico regular Maior conveniência

Baixa abrasividade (RDA 60) Suave nos dentes sensíveis ou áreas com raíz exposta

Agradável sabor a menta fresca Melhor adesão do doente ao tratamento


Periogard Plus Elixir

Elixir oral diário para a prevenção da Placa Bacteriana

Periogard Plus é um elixir oral desenvolvido para prevenir, ajudar a eliminar, os problemas orais dos adultos:
- Placa bacteriana
- Gengivite
- Hemorragia gengival
- Neutraliza os compostos sulfurosos voláteis que são responsáveis pelo mau odor oral


Instruções para uma utilização adequada

Bocheche pelo menos duas vezes ao dia, após a escovagem e o fio dentário, com meia tampa (15ml) de Periogard Plus durante 30 segundos e deite fora o excesso.

Ingrediente activo
Cloreto de Cetilpiridínio 0.05% (w/w)


Características Benefícios
Clinicamente comprovado 63% redução da placa e 67% redução da gengivite

Melhores resultados com o uso prolongado Benefício acrescido

Contém Cloreto de Cetilpiridínio Refresca o sabor

Agradável sabor a menta fresca Melhor adesão do doente ao tratamento

Não provoca manchas Adequado para uso prolongado

Baixa percentagem de álcool

Chlorohex

Elixir oral com digluconato de clorhexidina a 0,2%, um antimicrobiano para o controlo da gengivite em situações agudas

Chlorohex é um elixir oral com um largo espectro ideal para:
- Ajuda a combater a formação da placa bacteriana quando a escovagem está temporaiamente inbida
- Ajuda a combater a gengivite e hemorragia gengival

Instruções para uma utilização adequada

Não diluir. Bocheche duas vezes ao dia, 1 hora após a escovagem, com a dose indicada no inetrior da tampa (10ml) durante um minuto. Deitar fora o excesso. Não deglutir nem bochechar com água. Não utilizar em crianças com idade inferior a 6 anos.

Ingrediente activo
Digluconato de clorhexidina 0,2% (p/v)
Álcool 14%

Características Benefícios
0,12% Digluconato de clorhexidina Clinicamente comprovado

Alta substantividade prolongado Eficácia prolongada

Sabor a mentol

Gel-Kam

Gel oral com 0,4% de fluoreto de estanho estável para a prevenção da cárie e hipersensibilidade dentária.

Gel-Kam é um gel de flúor para utilização em casa ideal para a remineralização do esmalte levando à redução da hipersensibilidade dentária e cáries.

Instruções para uma utilização adequada

Após a escovagem dos dentes, aplicar o gel na escova previamente limpa e passar nas superfícies dentárias. Deitar fora o excesso. Não beber nem comer durante os 30 minutos seguintes. Para adultos e crianças com idade superior a 12 anos.

Ingrediente activo
Fluoreto de Estanho 0,4%

Características Benefícios
Clinicamente comprovado Eficácia na hipersensibilidade, prevenção da cárie e descalcificação

Processo de fabrico "ACT-ION" patenteado Estabilidade constante do Fluoreto de Estanho

Agradável sabor a Sabor a mentol

Fluorigard Ortho

Elixir oral de flúor diário para prevenção da cárie em crianças e adultos

Indicações terapêuticas
Fluorigard Ortho é um elixir oral fluoretado para utilização diária ideal para:
- Prevenção da cárie dentária
- Ajuda a prevenir a formação da placa bacteriana e problemas gengivais

Instruções para uma utilização adequada

Bocheche com Fluorigard Ortho uma vez ao dia, de preferência ao deitar, com 10ml durante 1 minuto. Deitar fora o excesso. Não beber nem comer durante os 30 minutos seguintes.
O uso de Fluorigard Ortho por crianças deve ser feito sob supervisão e de preferência ao deitar.
Crianças dos 3 aos 6 anos, poderão bochechar com fluorigard Ortho se já souberem bochechar, encha a tampa até 5ml.

Ingrediente activo
Fluoreto de Sódio 0,05% (250 ppmF)


Características Benefícios
Fluoreto de Sódio Aumenta a resistência do esmalte contra
A dissolução pelos ácidos

Não contém álcool Segurança na utilização pelas crianças

Não contém açúcar Ideal para crianças

Agradável sabor a Sabor a mentol

Higiene Oral Início Centro de Higiene Oral Produtos Mundo das Crianças Política de privacidade Contacte-nos

©2008 Colgate-Palmolive Company.

Fonte:
http://www.colgate.pt/products/oralcare/cop.shtml#
Nunca devemos decourar dos cuidados orais assim sendo deixo aquim alguma pasta dentifricas e elixires, mas de usar deve consultar um médico dentista.

quinta-feira, 25 de novembro de 2010

U R G E N T E

Para todos


A Inês é uma aluna do 12º ano, de Pinhel, Manigoto, que precisa de um transplante de coração.

Tem um tipo de sangue raro. Se souberem de alguém que possa ajudar, agradecemos, caso contrário divulguem

este email.

Um abraço

U R G E N T E

Cumprimentos

1. Envio para si, porque sei que o reencaminharás para muita gente. Pedido de sangue!

2. Por motivo de doença grave, um ser humano está hospitalizado à espera de ser operado. Ainda não o foi porque tem um sangue raro (só 2% da população mundial tem).
Trata-se do sangue Tipo B-

Pede-se a quem tenha este tipo de sangue que contacte com urgência:

4. Luís de Carvalho - 931085403 931085403 931085403 931085403

5. Pedro Leal Ribeiro - 222041893 222041893 222041893 222041893 Fax: 222059125
6. Se não puderes ajudar, divulga este e-mail. [ Hoje por ele, AMANHÃ...]

terça-feira, 23 de novembro de 2010

Visitem a Marina Morena

Visitem este blog pois tem coisas lindas e baratas.

Doador Voluntário de Sangue dia 25 de Novembro


Anualmente o Dia Nacional do Doador Voluntário de Sangue é celebrado em 25 de novembro, instituído através do Decreto Presidencial nº 53.988 de 30 de junho de 1964. A Semana do Doador Voluntário de Sangue, comemorada na última semana do mês de novembro, foi instituída por um decreto publicado no Diário Oficial da União em 21 de novembro de 2003, assinado pelo Presidente da República Sr. Luiz Inácio Lula da Silva.
E a data é festejada pelos Serviços de Hemoterapia públicos de todo o país.
O Ministério da Saúde, em comemoração a semana, que este ano será de 21 a 27 de novembro, reforçará a campanha Doe Sangue e Faça Alguém Nascer de Novo com a veiculação do filme nas redes de TVs, hotsite:
http://www.facaalguemnascerdenovo.com.br/, spots e email
marketing.

Dados sobre doação

No Brasil, 1,9% da população doa sangue. A Organização Mundial de Saúde preconiza que 3 a 5% da população doe sangue, conforme necessidades regionais, estaduais e municipais.
Em reforço ao aumento de nº de doadores voluntários, as hemorredes estaduais desenvolvem programas de multiplicadores como o “Programa Doador do Futuro” e “Clube 25”, que trazem o significativo aumento do número de doadores jovens, entre 18 a 29 anos. Há também, um significativo crescimento das doações fidelizadas na faixa etária entre 29 e 49 anos, o que demonstra um período de busca da determinação de conceitos e questões sociais que permeiem suas ações de saúde neste grupo; e, temos um número mais reduzido de doadores com mais de 50 anos, faixa etária que predispõe a consciência plena de valores e, sobretudo a multiplicação destes em ampla escala social. A legislação atual recomenda que o candidato a doação deva estar entre a faixa etária de 18 a 65 anos.
Mesmo com estas ações de captação de doadores, a hemoterapia brasileira enfrenta o desafio de suprir a crescente demanda de sangue provocada, até mesmo pelo próprio setor saúde, como: o incentivo e aumento efetivo do número de transplante; uso do sangue como suporte terapêutico em patologias hematológicas, propiciadas pelo aumento da atenção integral as pacientes; endemias recorrentes (dengue); imunizações em maior escala (candidatos tornam-se inaptos por pelo menos trinta dias); e, especialmente, a redução de doadores em média de 30% em períodos comemorativos (natal) e festivos (carnaval), paralelo ao aumento de transfusões nas unidades de emergência nestes períodos.

segunda-feira, 22 de novembro de 2010

Fico feliz

Anónimo disse...
Oie! meu irmão é transplantado renal à um ano! hoje ele leva uma vida normal com seus medicamentos!! neste momento estou fazendo minha monografia com o tema: insuficiência renal cronica!, pois é uma forma de agradecer a Deus pelo bem que Ele fez a meu irmão e minha família!!
que Deus te abençoe! e te de a oportunidade de ser também um transplantado renal!!
abraços!!

Fico feliz pelo seu irmão espero que me dei mais noticias sobre a sua monografia, fique bem você e sua familia.

segunda-feira, 15 de novembro de 2010

Procedimentos diagnósticos

Diante da possibilidade de existência de uma perturbação renal ou das vias urinárias, o médico examina os rins durante o exame físico. Os rins normais não se costumam palpar, mas podem-se detectar se estiverem inchados ou se existir um tumor renal. Também se pode palpar a bexiga quando está dilatada. No homem, o médico faz um toque rectal para ver se existe uma dilatação da próstata. Um toque vaginal na mulher pode proporcionar informação sobre a bexiga e a uretra.

Os procedimentos adicionais para o diagnóstico das afecções dos rins e das vias urinárias compreendem análises da urina e do sangue que reflictam a função renal, exames de imagem e amostras do tecido renal.

Análises de urina

As análises de urina de rotina incluem as análises químicas para a detecção de proteínas, açúcar e corpos cetónicos e o exame microscópico para detectar glóbulos vermelhos e brancos. Os testes que se realizam num laboratório de maneira simples e económica podem detectar e medir a quantidade de diversas substâncias na urina. Nestes testes utiliza-se uma tira de plástico fina (tira reactiva), impregnada com substâncias químicas que reagem mudando de cor perante as substâncias presentes na urina. Este tipo de tira utiliza-se sistematicamente nas análises de urina.

Em geral, a presença de proteínas na urina (proteinúria) pode ser rapidamente detectada por meio de tiras reactivas, mas por vezes são precisos métodos mais sofisticados. As proteínas podem estar presentes na urina de maneira constante ou apenas de um modo intermitente, dependendo da causa. A proteinúria é geralmente um sinal de doença renal, mas também pode ocorrer de forma natural depois de exercícios extenuantes como uma maratona. Também pode ser consequência de uma anomalia genética inócua e pouco frequente denominada proteinúria ortostática. Neste caso a proteína não se encontra presente na urina se o indivíduo esteve deitado (como quando está a dormir), mas aparece pouco depois de se levantar.

A presença de glicose (açúcar) na urina (glicosúria) pode ser detectada com as tiras reactivas antes mencionadas, de maneira muito precisa. A diabetes é a causa mais frequente. Se continuar a aparecer glicose na urina depois de se normalizarem as concentrações de açúcar no sangue, provavelmente trata-se de uma alteração renal.

A presença de corpos cetónicos na urina (cetonúria) pode ser detectada com as mesmas tiras. Os corpos cetónicos formam-se quando o organismo decompõe as gorduras. Outras vezes eles podem-se produzir por motivo de inanição, de diabetes incontrolada e, ocasionalmente, pela intoxicação pelo álcool.

A presença de sangue na urina (hematúria) detecta-se com uma tira reactiva ou mediante um exame ao microscópio. Por vezes a urina contém sangue suficiente para ser visível, tornando-a de cor vermelha ou castanha.

Os nitritos na urina (nitritúria) também podem ser detectados por meio das tiras de celulose. Como os valores dos nitritos aumentam quando existem bactérias na urina, esta prova utiliza-se para um diagnóstico rápido de infecção.

A presença na urina de esterase leucocitária (um enzima que se encontra em certos glóbulos brancos) pode ser detectada por meio de tiras reactivas. A esterase leucocitária indica uma inflamação, causada habitualmente por uma infecção bacteriana. A prova pode dar um falso resultado negativo quando a urina está muito concentrada ou contém glicose, sais biliares, medicamentos (como o antibiótico rifampicina) ou uma grande quantidade de vitamina C.

A acidez da urina também se determina mediante tiras reactivas. Certos alimentos podem aumentá-la.

A concentração de urina (osmolaridade) pode ser importante para o diagnóstico de um funcionamento anormal dos rins. Pode-se analisar uma amostra de urina seleccionada ao acaso ou então podem realizar-se provas que estudem a capacidade dos rins para concentrar a urina. Numa dessas provas não se bebe água nem outros líquidos durante 12 a 14 horas; noutra, aplica-se uma injecção da hormona vasopressina. Depois, mede-se a concentração da urina. Normalmente, cada uma destas provas deve dar como resultado um grande aumento da concentração da urina. Contudo, em certas perturbações renais, a urina está anormalmente diluída.

Numa situação normal, a urina contém um número reduzido de células e outros resíduos provenientes do interior das vias urinárias. Em caso de uma doença das vias urinárias, desprende-se um maior número de células que vão formar um sedimento, se a urina for centrifugada ou deixada assentar. Pode-se fazer um exame microscópico do sedimento para obter informação sobre a doença.

Para diagnosticar uma infecção das vias urinárias realizam-se culturas de urina, que são técnicas que permitem o crescimento das bactérias no laboratório. Para tal requer-se uma amostra de urina não contaminada proveniente da bexiga, que pode ser obtida urinando para um recipiente esterilizado. Outros métodos incluem a introdução de um cateter pela uretra até ao interior da bexiga ou a inserção de uma agulha no interior da bexiga através da parede abdominal (aspiração suprapúbica por agulha).

Como obter uma amostra de urina num recipiente esteralizado
1.Lava-se a cabeça do pénis de um homem ou a abertura da uretra de uma mulhar.
2.Deixam-se cair as primeiras gotas de urina dentro da sanita, enxaguando a uretra.
3.Retoma-se a micção, e colhe-se uma amostra do jacto dentro de um recipiente esteralizado.

Provas de função renal

A função renal pode ser avaliada analisando tanto uma amostra de sangue como uma de urina. A velocidade de filtração renal pode ser estimada mediante a medição da creatinina no soro (um produto de excreção). A concentração de nitrogénio ureico sanguíneo (BUN) também pode indicar a eficácia do funcionamento dos rins, embora muitos outros factores possam alterar o seu valor. Com uma amostra de sangue também se pode realizar uma prova mais precisa, como a clarificação da creatinina, utilizando uma fórmula que relaciona o valor de creatinina no soro com a idade, o peso e o sexo; a sua determinação exacta exige uma colheita da urina produzida durante 24 horas.



Estudos de imagem

Uma radiografia do abdómen pode mostrar o tamanho e a posição dos rins, embora uma ecografia seja em geral melhor para este propósito.

Uma urografia endovenosa é uma técnica radiológica que se utiliza para visualizar os rins e as vias urinárias inferiores. Injecta-se por via endovenosa uma substância radiopaca (conhecida como contraste), que se pode observar na radiografia. A substância concentra-se nos rins, geralmente em menos de 5 minutos. Depois realiza-se uma radiografia que proporciona uma imagem dos rins e da passagem da substância radiopaca através dos ureteres até ao interior da bexiga. A urografia endovenosa não é útil quando os rins funcionam mal e não podem concentrar a substância radiopaca.

A injecção de uma substância radiopaca pode desencandear uma insuficiência renal aguda (efeito adverso) em menos de 1 em cada 200 casos. Desconhece-se o motivo disto, mas o risco é elevado nas pessoas de idade avançada ou nas que já tinham anteriormente uma insuficiência renal, diabetes mellitus, desidratação ou mieloma múltiplo.

O médico deve ter a precaução de administrar líquidos por via endovenosa a um doente com risco elevado, antes de injectar uma substância radiopaca. Também se utiliza uma dose baixa da substância radiopaca para reduzir o risco ao máximo. Outras vezes utiliza-se uma prova alternativa, como a tomografia computadorizada.

O cistograma, que consiste na visualização da bexiga pelos raios X, obtém-se como parte da urografia endovenosa. Contudo, o cistograma retrógrado (cistografia), que se obtém quando a substância radiopaca se introduz através da uretra, muitas vezes proporciona maior informação sobre a bexiga e os ureteres. As radiografias realizam-se antes, durante e depois da micção.

Na urografia retrógrada, substâncias radiopacas semelhantes às que se utilizam na urografia endovenosa introduzem-se directamente no interior do ureter através de um endoscópio ou de um cateter. Este método proporciona boas imagens da bexiga, dos ureteres e da parte inferior dos rins e é muito útil quando os resultados da urografia endovenosa não são satisfatórios. Também é útil no estudo da obstrução de um ureter ou quando se tem de avaliar uma pessoa alérgica às substâncias endovenosas radiopacas. Entre as suas desvantagens encontram-se o risco de infecção e a necessidade de utilizar anestesia.

A ecografia utiliza ondas de som para produzir uma imagem das estruturas anatómicas. A técnica é simples, indolor e segura. Pode ser usada para estudar os rins, os ureteres e a bexiga, com a vantagem adicional de que se podem obter boas imagens mesmo quando a função renal está diminuída. As ecografias proporcionam informação indirecta sobre a função renal. A ecografia também se utiliza para medir a velocidade de produção da urina num feto com mais de 20 semanas, medindo as mudanças de volume da bexiga. Esta informação ajuda a determinar a eficiência da função renal do feto. Nos recém-nascidos, a ecografia é o melhor método para investigar massas abdominais, infecções das vias urinárias e os possíveis defeitos congénitos do sistema urinário, tendo em conta a sua fácil execução e a precisão dos seus resultados.

A ecografia é um dos melhores meios para calcular o tamanho dos rins e para diagnosticar diversas anomalias renais, incluindo as hemorragias renais. A ecografia utiliza-se para localizar o sítio adequado para uma biopsia. Também é o método escolhido para os doentes com insuficiência renal avançada, pois nestes casos os rins não captam as substâncias radiopacas, ou então para as pessoas que não toleram estas substâncias.

Numa ecografia pode-se ver com nitidez uma bexiga cheia de urina. Embora os tumores da bexiga possam ser identificados por meio da ecografia, é mais fiável a tomografia computadorizada.

A tomografia axial computadorizada (TAC) é mais dispendiosa do que a ecografia e a urografia endovenosa, mas tem algumas vantagens sobre estas. A TAC pode distinguir as estruturas sólidas daquelas que contêm líquidos; por esta razão é mais útil na avaliação do tipo e da extensão dos tumores do rim ou de outras massas que distorcem as vias urinárias normais. Pode-se injectar por via endovenosa uma substância radiopaca para obter maior informação. A TAC pode ajudar a determinar se um tumor se propagou para lá do rim. Se durante uma TAC se injecta uma mistura de ar e de substância radiopaca no interior da bexiga, pode-se observar claramente o contorno de um tumor da bexiga.

A angiografia, que implica a injecção de uma substância radiopaca numa artéria, é o mais invasivo de todos os procedimentos para obter imagens do rim. Reserva-se para situações especiais, como quando o médico pretende avaliar o afluxo sanguíneo aos rins. Em muitos hospitais, está a substituir-se a angiografia convencional pela TAC em espiral. Esta técnica utiliza computadores para intensificar a imagem obtida com quantidades reduzidas de substância radiopaca. Entre as complicações da angiografia encontram-se lesões das artérias puncionadas e dos órgãos vizinhos, reacções à substância radiopaca e hemorragia.

A venografia é uma imagem radiográfica das veias que se obtém empregando substâncias radiopacas. As complicações são raras e estão em geral limitadas à extravasão de sangue e de substâncias radiopacas à volta do ponto da injecção. Podem manifestar-se reacções alérgicas à substância radiopaca.

As imagens por ressonância magnética (RM) podem proporcionar informações sobre massas renais que não se podem obter por meio de outras técnicas. Por exemplo, pode-se determinar o tamanho de um tumor a partir de imagens tridimensionais produzidas pelo registo RM. As massas renais sólidas vêem-se diferentes da ocas (quísticas) e a imagem do líquido num quisto ajuda o médico a distinguir uma hemorragia de uma infecção. Além disso, a RM produz excelentes imagens dos vasos sanguíneos e das estruturas à volta dos rins, o que permite realizar vários diagnósticos. Contudo, os depósitos de cálcio e os cálculos no rim não se observam bem e vêem-se melhor com uma TAC.

Cistograma retrógrado



Para realizar este exame injecta-se um meio de contraste radiológico através de uma sonda uretral.


Obtenção de amostras de células e de tecido

Pode-se realizar uma biopsia do rim (extracção de uma amostra de tecido para o seu exame ao microscópio) com o fim de o médico poder estabelecer um diagnóstico e observar a evolução do tratamento. Para avaliar uma insuficiência renal, com frequência introduz-se uma agulha de biopsia através da pele. Muitas vezes levam-se a cabo biopsias de um rim transplantado para detectar sinais de rejeição. Para realizar uma biopsia do próprio rim (nativo) de alguém, a pessoa deita-se com a barriga para baixo e injecta-se-lhe um anestésico local na pele e nos músculos das costas que estão por cima do rim. A seguir introduz-se a agulha de biopsia e extrai-se uma amostra de tecido para exame ao microscópio. Para efectuar uma biopsia de um rim transplantado, introduz-se a agulha directamente através da parede abdominal. Para guiar a direcção da agulha para a parte afectada utiliza-se a ecografia.

O exame microscópico das células na urina (citologia de urina) é útil no diagnóstico do cancro das vias urinárias. Nos indivíduos com risco elevado (por exemplo os fumadores, os operários das indústrias petroquímicas e as pessoas com hemorragias indolores), a citologia da urina permite detectar a presença de cancro. Este método também se usa no controlo posterior das pessoas a quem extirparam um tumor da bexiga ou do rim. Os resultados podem dar falsos positivos (indicando cancro quando não existe), se existirem outras afecções como uma inflamação, ou então podem dar falsos negativos (não indicando um cancro que está presente), como pode acontecer no caso de um cancro de grau baixo, em que as células parecem normais.
Biopsia renal







--------------------------------------------------------------------------------
Sintomas das perturbações do rim e das vias urinárias

Fonte:http://www.manualmerck.net/?id=148&cn=1178

sábado, 13 de novembro de 2010

Orgulho e agradecimento

Anónimo disse...
Bonito o seu trabalho, que voce continue
trazendo esta coisas que ajudam a pessoas a
sentirem bem, e com esperança sempre que um
dia esta " doenças " teram um fim...

É com muito Orgulho que publico este comentário, pois são estes comentários que não me faz desistir deste meu"nosso" blog obrigada a todos.

terça-feira, 9 de novembro de 2010

Quais as doenças urológicas mais comuns na criança e no adulto - homem e mulher?:



Estes videos são improtantes.
Fonte
:http://www.lookfordiagnosis.com/videos.php?title=Quais+as+doen%C3%A7as+urol%C3%B3gicas+mais+comuns+na+crian%C3%A7a+e+no+adulto+-+homem+e+mulher+...&content=Urologia+-+Dr.+JP+Jorge+Da+Silva+-+Pergunta+1+Dr.+JP+Jorge+Da+Silva%2C+Assistente+Graduado+de+Urologia%2C+IPOFG+Lisboa+-+Hosp.+CUF+Descobertas&lang=3

quinta-feira, 4 de novembro de 2010

Homenagem a Nuno Machado

Está homenagens ao Nuno Machado, é para mim muito importante pois éra e sempre será meu primo. Nuno Machado faleceu no dia 20 de Outubro na Philadelphia, (ao que tudo indica vitima de neglegencia médica) tinha 32 nos deixou mulher e filhos. O Nuno era alegre, amigo do seu amigo, adorava fazer amizades, lutava sempre no que acreditava, muito carinhoso com os que o rediavam. Eu vivi a minha infância com ele (e como o resto dos meus primos) não me lembro de vê-lo zangado com alguem claro que a sempre as brigas entre irmão mas essa não contam pois se fosse preciso ele dava a vida por eles (irmão) comigo foi sempre carinhosome chamava de Fátinha do tio Pedro ( com muita doçura na voz) creci ele casei e o Nuno me continuava a chamar assim a última vez que o vi foi atravez de uma webcam, nunca me vou esquecer a felicidade dele que chamou o filho que estava ao seu lado a brincar com estás palavras( anda aqui ver a tua prima a Fátinha do tio Pedro) foi o ano passado. Agora quero guardar dele o sorriso lindo que tinha alegria de viver. Para ti Meu primo querido descansa em paz, sempre te recurdarei com um sorriso. Agora deixo aquim uma mensagem da Simone e do Luis ( primos) Pessoas como o Nuno passam por nossas vidas e nos deixam so coisas boas, exemplo de humildade, amor , companheirismo....nos nunca o esqueceremos... no fundo o que a simone e luis escreveram e o que todos nós primos, amigos, e conhecido fica-mos dele. Teu pai, a tua mãe, e teus irmãos, sei que a Fátima "tua mulher" e filhos nunca te esquecem um só minuto e estará sempre presente a cada segundo das suas vidas e nos seus corações de cada um, como nos nossos também e na vossa vida. ( não vou inumerar aqui o nome de todos os teus fameliars pois tu está no céu e sabes que são) amo-te para o todo o sempre. A tua Fátinha do tio Pedro.

quinta-feira, 21 de outubro de 2010

Insuficiência renal crónica

Causas

Qualquer doença que provoque uma progressiva destruição dos nefrónios, as unidades funcionais do rim, acaba por originar, a médio ou longo prazo, um quadro de insuficiência renal crónica. Embora seja possível que nas etapas iniciais, o tecido renal ileso ainda seja capaz de substituir com eficácia a actividade perdida pelas porções danificadas, com o passar do tempo, à medida que as lesões se tornam mais extensas e também como consequência do excesso de esforço dos nefrónios ainda saudáveis, os rins tornam-se incapazes de desempenhar as suas funções básicas, ou seja, a depuração do sangue, o controlo da pressão arterial e a estimulação da produção de hemácias. Durante as fases avançadas, sobretudo quando a insuficiência renal implica a retenção de vários resíduos tóxicos no sangue, começam a manifestar-se determinadas alterações orgânicas, correspondentes à denominada "síndrome urémica", que apenas podem ser atenuadas com o remediar da depuração sanguínea efectuada pelos rins através de sessões periódicas de diálise ou mediante um transplante renal.

Em alguns casos, o problema é provocado por uma doença específica do aparelho urinário, como a glomerulonefrite crónica, a pielonefrite, a doença poliquística renal ou qualquer causa de obstrução urinária persistente. Todavia, por vezes, a doença surge como complicação de alguma doença sistémica que, entre as suas diversas consequências, tende a provocar uma deterioração do tecido renal: hipertensão arterial, diabetes, gota, eritematoso sistémico, etc. Desta forma, a insuficiência renal crónica costuma ser uma complicação de muitas outras doenças.

Evolução

O desenvolvimento da insuficiência renal crónica costuma ser lento e progressivo, pois a sua evolução está intimamente relacionada com a da doença causadora. De facto, como os nefrónios ilesos têm tendência para remediar a função dos danificados, de modo a assegurar a filtração de produtos tóxicos do sangue, as manifestações dependem da proporção de tecido renal afectado. Por isso, a doença costuma evoluir em várias fases, cuja duração varia bastante.

Com efeito, os rins conseguem manter uma actividade suficiente, de forma a garantir as suas funções dentro de limites normais, enquanto permanecerem ilesos, pelo menos, meta de dos nefrónios. É por isso que, embora os rins estejam grave e irreversivelmente danificados, regra geral, não costumam aparecer manifestações que evidenciem a insuficiência no seu funcionamento durante um determinado período de tempo variável, por vezes ao longo de vários anos, tratando-se de uma insuficiência renal crónica em fase de dissimulação.

A medida que os danos renais progridem, os nefrónios saudáveis esforçam-se por depurar o sangue e conseguem-no até certo ponto, originando uma fase de insuficiência renal crónica compensada. Todavia, existem alguns factos que evidenciam o excesso de esforço. Por um lado, observa-se uma diminuição da capacidade de reabsorção de água e de determinados solutos dos nefrónios em funcionamento, o que determina um aumento da quantidade de urina produzida normalmente também associada a um aumento do número de micções durante a noite (nictúria). Por outro lado, a eliminação urinária de alguns produtos residuais não é tão eficaz, o que provoca determinadas alterações no metabolismo que originam manifestações atípicas, tais como perda de apetite, debilidade e sonolência, além de repercussões como hipertensão arterial e um certo grau de anemia. Embora esta fase costume durar muito tempo, qualquer problema que possa alterar o frágil equilíbrio pode originar uma insuficiência mais evidente, por vezes temporária, mas noutros casos persistente.

Devido a um factor que agrave a situação ou como resultado da progressiva extensão dos danos renais, a qualquer momento, a doença pode passar para uma fase de insuficiência renal crónica descompensada. Nesta situação, a capacidade dos rins em adequar a produção de urina as necessidades do organismo é praticamente nula, ou seja, caso sejam ingeridos poucos líquidos, a poliúria provoca um risco de desidratação e, caso sejam ingeridos muitos líquidos, origina uma retenção de líquidos no organismo. Por outro lado, os rins não são capazes de proceder a depuração de todas as substâncias residuais do sangue, nem a eliminação dos excessos de sódio e de outros produtos, o que gera inúmeras doenças no metabolismo e alterações orgânicas.

Quando a proporção de tecido renal saudável é inferior a 5%, a situação tornaste insustentável então, fala-se de insuficiência renal crónica terminal. Nesta fase, a produção de urina reduz-se de forma notória ou anúria), surgindo inúmeros problemas como consequência da retenção de produtos tóxicos, sobretudo dos compostos azotados, como a ureia, o que origina o aparecimento de um quadro típico — a síndrome urémica. Ao chegar a este ponto evolutivo, apenas se pode manter uma situação compatível com a vida ao substituir-se a função depuradora dos rins através da diálise e a única forma de solucionar definitivamente o problema corresponde ao transplante renal.

Síndrome urémica

A retenção de substâncias residuais que os rins já não são capazes de depurar do sangue e eliminar na urina, sobretudo de produtos azotados, como a ureia, um resíduo do metabolismo das proteínas, proporciona o aparecimento de um conjunto de problemas que afecta praticamente todos os sistemas orgânicos — a síndrome urémica.

Problemas digestivos. As primeiras manifestações costumam corresponder a problemas do aparelho digestivo: perda de apetite, náuseas e vómitos, inflamação da mucosa bucal (estomatite e gengivite) e um típico mau hálito com odor a amoníaco acompanhado por um gosto metálico e secura da boca. Por vezes, estes problemas estão associados a hemorragias gastrointestinais, de localização diversa, que sangram lentamente.

Alterações na pele. A pele torna-se seca e adopta uma coloração castanho – amarelada, associada a um intenso prurido. Ocasionalmente, manifesta-se um sintoma denominado "geada urémica", ou seja, uma camada de escamas esbranquiçadas constituídas por cristais de ureia presentes no suor.

Alterações hematológicas. Habitualmente, produz-se uma anemia, devido ao défice da produção de eritropoietina (substância elaborada pelos rins que estimula o fabrico de glóbulos vermelhos) associada a perda sanguínea consequente das constantes hemorragias gastrointestinais. Por vezes, também se podem produzir alterações da coagulação, com a consequente tendência para as hemorragias.

Alterações cardiovasculares. Em cerca de 80% dos casos, manifesta-se hipertensão arterial, geralmente originada pela retenção hidrossalina, o que provoca um elevado risco de complicaçöes cerebrovasculares e cardiovasculares, as quais constituem em conjunto a principal causa de morte. Além disso, a combinação da hipertensão, anemia e retenção de líquidos costuma favorecer o desenvolvimento de uma insuficiência cardíaca. Pode-se produzir igualmente uma pericardite. Em alguns casos, apresentam-se arritmias cardíacas provocadas pela alteração dos níveis de potássio, o que pode originar uma paragem cardíaca.

Alterações pulmonares. Normalmente, produz-se uma típica pneumonite (pulmão urémico), caracterizada pelo desenvolvimento de edemas e exsudados fibrosos que originam uma dilatação dos septos alveolares, manifestando-se por uma dificuldade respiratória que, quando grave, provoca uma coloração cutânea e mucosa azulada (cianose) devido ao défice de oxigenação.

risco de complicaçöes cerebrovasculares e cardiovasculares, as quais constituem em conjunto a principal causa de morte. Além disso, a combinação da hipertensão, anemia e retenção de líquidos costuma favorecer o desenvolvimento de uma insuficiência cardíaca. Pode-se produzir igualmente uma pericardite. Em alguns casos, apresentam-se arritmias cardíacas provocadas pela alteração dos níveis de potássio, o que pode originar uma paragem cardíaca.

A Longo prazo, a acumulação de cálcio nos pulmões, provoca uma fibrose pulmonar, o que aumenta a dificuldade respiratória. Em alguns casos, também é possível assistir-se ao desenvolvimento de uma pleurite.

Complicações imunológicas e infecciosas. Como a síndrome urémica diminui as defesas orgânicas, permite o desenvolvimento de infecções que, em muitos casos, são causa de morte. Por outro lado, como o processo de cicatrização costuma ficar alterado, favorece o aparecimento de complicaçöes infecciosas pós-operatórias e pós-traumáticas.

Alterações nutricionais e metabólicas. Embora a nutrição seja afectada essencialmente pela falta de apetite e pelos frequentes problemas gastrointestinais, os problemas no meio interno também provocam meras alterações que conduzem a má nutrição, caracterizada pela perda de gordura subcutânea, secura e descamação da pele, atrofia e debilidade muscular. Além disso, as desordens no metabolismo determinam uma menor tolerância aos hidratos de carbono, o que provoca uma hiperglicemia devido a resistência periférica insulina e ao aumento dos níveis de lípidos no sangue.

Alterações endócrinas. A insuficiência renal crónica provoca vários problemas na produção de praticamente todas as hormonal, com muitas e diversas consequências.

Alterações nos ossos. A insuficiência renal e os problemas hormonais característicos da uremia provocam uma alteração do metabolismo mineral, com várias repercussões no esqueleto, pois o aumento dos níveis de paratormona, devido ao aumento da secreção ou a diminuição da degradação, estimulam a reabsorção óssea. Por outro lado, a diminuição da conversão da vitamina D no seu metabolito activo provoca uma diminuição da absorção intestinal de cálcio.. As alterações referidas levam ao desenvolvimento de osteomalacia nos adultos ou raquitismo nas crianças, hiperparatiroidismo secundário e, menos frequentemente, osteosclerose. As manifestações habituais são: dores nos ossos, paragem do crescimento nas crianças, tendência para as fracturas e deformações no esqueleto. Em alguns casos, especialmente em pacientes com antecedentes familiares da doença, estas alterações podem provocar o aparecimento de gota secundária.

Alterações neurológicas. A uremia provoca inúmeras alterações no funcionamento cerebral, as quais formam um conjunto com a designação de encefalopatia urémica.

Inicialmente, manifesta-se através de insónias, irritabilidade, sensação de fadiga mental, dificuldade de concentração e lentidão do pensamento. Ao longo da sua evolução, vai provocando perda de memória, confusão e desorientação, delírio e apatia. Mais tarde, frequente a ocorrência de tremores, tonturas, problemas na locomoção e até convulsões. Como o sistema nervoso periférico também costuma ser afectado (neuropatia periférica), geralmente verifica-se alterações sensitivas e motoras, tais como parestesia, sensação de adormecimento nas mãos e nos pés, cãibras musculares, ardor e sensação de picadas nas pernas.
Fonte:http:
//www.medipedia.pt/home/home.php?module=artigoEnc&id=283

Produção de urina

Filtração glomerular

A primeira fase da produção de urina realizase nos corpúsculos renais, aos quais chega cerca de 20 a 25% do sangue bombeado pelo coração, sensivelmente 1 200 ml por minuto. É um processo de filtração que se inicia no plasma sanguíneo, atravessa os minúsculos poros das paredes dos capilares glomerulares e da camada visceral da cápsula de Bowman, para passar para o espaço urinário, situado entre as duas camadas da cápsula de Bowman, continuando o seu percurso pelo túbulo renal.

Esta filtração glomerular é um processo passivo que depende da interacção de dois tipos de forças antagónicas: por um lado, a pressão hidrostática, ou seja, a pressão do líquido em cada compartimento (nos capilares glomerulares e no espaço urinário); por outro lado, a pressão coloidosmótica, ou seja, o poder de absorção de água das proteínas presentes no plasma e cujo tamanho não lhes permite atravessar as paredes dos capilares do glomérulo – por isso têm tendência para reter líquidos no sangue. A interacção destas forças provoca uma determinada pressão de filtração, que se traduz na passagem de água e de múltiplas substâncias de minúsculo tamanho dissolvidas no plasma sanguíneo para o interior do espaço urinário. Todavia, as substâncias de maior dimensão, como as proteínas e as células sanguíneas, não conseguem atravessar a membrana dos capilares e, por conseguinte, permanecem sempre no sangue.

Nesta primeira fase de produção de urina, produzse uma grande quantidade de produto filtrado pelos glomérulos, 120 ml/min, ou seja, cerca de 180 1 em cada 24 horas.

Reabsorção e secreção tubular

O produto da filtração glomerular passa por consideráveis transformações ao longo do seu percurso pelos túbulos renais, tendo em conta que grande parte da água e das diversas substâncias são reabsorvidas, ou seja, passam do interior dos túbulos para os vasos capilares adjacentes, de modo a regressarem ao sangue; por sua vez, as outras substâncias que não tenham sido filtradas no glomérulo são segregadas na direcção inversa, ou seja, passam do sangue que circula pelos ditos capilares para o interior dos túbulos. Graças a este processo, os 180 1 diários de produto filtrado pelos glomérulos são convertidos em apenas 1,5 a 2 1 de urina, ao mesmo tempo que o organismo consegue recuperar substâncias úteis, que entretanto foram filtradas nos glomérulos, e eliminar outras, com o objectivo de manter o equilíbrio físicoquímico do meio interno.

Estes processos de reabsorção e secreção tubular desenvolvemse através de vários mecanismos, uns passivos, basicamente devido à difusão de algumas substâncias com tendência para apresentarem uma igual concentração nos dois compartimentos, e outros activos, dependentes de processos metabólicos que determinam a passagem de substâncias em direcção contrária à difusão passiva. Como o túbulo renal tem uma estrutura complexa e os seus diferentes sectores apresentam características diferentes, o produto da filtração glomerular vai sofrendo várias alterações à medida que avança pelo seu interior. Por exemplo, a maior parte da água filtrada e de algumas substâncias úteis para o organismo, como a glicose, aminoácidos, fosfatos e bicarbonatos, é reabsorvida no tubo contornado proximal. O sódio (Na) também merece uma referência especial: embora se distribua ao longo de vários sectores do túbulo renal de maneira passiva, noutros é reabsorvido por um mecanismo activo (bomba de sódio), muito importante para adequar os níveis sanguíneos deste mineral, devido à sua íntima relação com a pressão arterial, e para regular a concentração ou diluição da urina.

Regulação do volume de urina

O volume de urina produzido pelos rins não é uniforme, pois varia bastante conforme as necessidades do organismo e a quantidade de água ingerida com as bebidas e os alimentos. A maioria da água filtrada nos glomérulos é reabsorvida no tubo contornado proximal, de onde passa novamente para o sangue. Contudo, existe uma outra considerável quantidade de água que é reabsorvida na parte distal do nefrónio e especialmente no tubo colector, sob a influência de duas hormonas: a aldosterona e a hormona antidiurética. A aldosterona, segregada pelas glândulas suprarenais, actua ao nível do tubo contornado distal, provocando o aumento da reabsorção de sódio e água, o que constitui um importante mecanismo regulador da pressão arterial. Por seu lado, a hormona antidiurética, elaborada no hipotálamo e segregada pela hipófise, actua essencialmente no tubo colector e aumenta a permeabilidade à água, ampliando a sua reabsorção, já que o grau de concentração ou diluição da urina depende bastante do nível desta hormona.
Fonte:http
://www.medipedia.pt/home/home.php?module=artigoEnc&id=277

Rins - Anatomia

Localização e aspecto externo

Os rins são dois órgãos simétricos situados na parte mais alta e posterior da cavidade abdominal, em cada lado da coluna vertebral, na região lombar. Têm uma forma oval característica, semelhante à de um feijão, medindo cerca de 12 cm no seu eixo maior, cerca de 6 cm de largura e sensivelmente 3 cm de espessura, com um peso aproximado de 150 g.

A extremidade externa do rim é convexa, enquanto a extremidade interna, orientada para a coluna vertebral, é côncava, apresentando na sua parte central uma depressão, o hilo renal, por onde passam os vasos sanguíneos que entram e saem do rim, de onde emerge igualmente o bacinete, a primeira parte das vias urinárias que transporta a urina produzida no órgão para o exterior.

Cada rim é fixado no seu sítio por uma membrana fibrosa que o envolve como uma argola, denominada fáscia renal ou Gerota. Por baixo desta fáscia, existe uma membrana de tecido gordo que protege o órgão de traumatismos, movimentos bruscos e golpes, denominada cápsula fibrosa. Por baixo deste tecido gordo protector existe uma fina membrana de tecido conjuntivo, denominada cápsula renal, que envolve todo o órgão.

Estrutura interna

Embora o rim seja um órgão compacto, ao efectuar-se um corte transversal do órgão, é possível distinguir duas regiões diferentes: uma zona periférica, de cor amarela e aspecto granuloso, denominada córtex renal, e outra subjacente, de tom vermelho escuro, denominada medula renal. De facto, os limites entre as duas zonas não são muito nítidos, pois o córtex apresenta uma série de prolongamentos que se inserem na medula e a dividem em vários sectores - as colunas de Bertin.

A zona medular não é contínua, na medida em que é constituída por estruturas de forma triangular, denominadas pirâmides de Malpighi, com um número que normalmente varia entre doze e dezoito. Cada uma destas pirâmides, com uma forma mais ou menos cónica, tem a base orientada para a periferia, em contacto com o córtex, enquanto que o seu vértice aponta em direcção à parte central do órgão (oca), o seio renal. A ponta de cada pirâmide, ou papila, projecta-se para o seio renal, apresentando na sua superfície inúmeros pequenos orifícios através dos quais a urina produzida no rim passa para as vias urinárias. As pirâmides desaguam as suas secreções em finos tubos denominados pequenos cálices. Estes tubos desaguam noutros de maior calibre, dos quais existem cerca de três ou quatro em cada rim, os grandes cálices, unindo-se finalmente para formarem uma cavidade única com a forma de um funil, o bacinete. Este surge pelo hilo do rim e continua pelo uréter, canal que transporta a urina até à bexiga para que esta aí seja armazenada até sair para o exterior através da uretra durante a micção.

Vascularização do rim

Como a principal função do rim filtrar o sangue, a sua vascularização é muito rica e complexa, pois é necessário que os vasos sanguíneos cheguem a todos e cada um dos sectores do órgão. Cada rim recebe o sangue através de uma das artérias renais, as duas ramificações emitidas pela artéria aorta ao longo da sua passagem pelo interior da cavidade abdominal. A artéria renal correspondente, esquerda ou direita, penetra no rim através do hilo e divide-se na ramificação anterior e na ramificação posterior. Estas ramificações subdividem-se noutras, denominadas artérias segmentares, que por sua vez dão origem a outras mais finas, as artérias interlobares, que penetram pelas colunas de Bertin. Ao chegarem ao limite entre a medula e o córtex, estas rodeiam as pirâmides de Malpighi, de modo a adoptarem uma direcção paralela à superfície renal, constituindo as artérias arciformes. Estas artérias emitem inúmeras ramificações, as artérias interlobulares, de onde nascem inúmeras arteríolas que chegam a todas as unidades funcionais do rim, os nefrónios.

Após um complexo mecanismo de vascularização dos nefrónios, as arteríolas transformam-se numa rede de capilares, da qual surgem finas vénulas cuja união origina as veias interlobulares. A partir daqui, os vasos venenosos vão-se unindo sucessivamente, de maneira a constituírem vasos com um número semelhante de artérias e com o mesmo percurso:

veias arciformes, veias interlobares e veias segmentares, cuja união forma a veia renal correspondente, esquerda ou direita, que emerge do hilo do órgão e termina na veia cava inferior.

Nefrónio

O nefrónio é a unidade funcional do rim, ou seja, a estrutura que filtra o sangue e produz urina com o excedente de líquidos e os resíduos eliminados do organismo pelo rim. Cada rim conta com mais de um milhão de pequenos nefrónios, cada um constituído por dois elementos básicos: o corpúsculo renal, situado na zona do córtex, onde o sangue filtrado, e o túbulo renal, um canal que começa por atravessar a zona da medula, regressa ao córtex, onde a produção da urina é concluída, para finalmente desaguar num tubo colector.

Corpúsculo renal. Igualmente denominado corpúsculo de Malpighi, é formado por uma rede de vasos capilares, o glomérulo, e encontra-se rodeado por uma membrana dupla com forma de funil, a cápsula de Bowman, directamente ligada ao túbulo renal.

O glomérulo renal é uma aglomeração de finos capilares, através dos quais o sangue circula até ser filtrado, proveniente de uma ramificação de uma artéria interlobular, a arteríola aferente, que vai até ao corpúsculo renal, subdividindo-se no seu interior em inúmeros capilares que formam uma grande rede. Estes capilares voltam a unir-se de forma a conceberem uma arteríola eferente, que sai do corpúsculo renal. De facto, a parede dos capilares, composta por uma única camada de células pavimentosas, conta com inúmeros poros minúsculos, através dos quais filtra líquidos e pequenas moléculas provenientes do sangue.

A cápsula de Bowman é uma fina membrana formada por duas camadas: uma delas, a camada visceral, reveste os capilares do glomérulo de tal forma que quase os envolve, duplicando-se em seguida para formar a outra, a camada parietal, que constitui a parede externa do corpúsculo e se encontra directamente ligada ao túbulo renal. Entre as duas camadas da cápsula existe uma pequena fenda, o espaço urinário ou de Bowman, onde desagua o produto filtrado nos glomérulos, uma espécie de urina primária, que circula até ao túbulo renal.

Túbulo renal. É um canal de finas paredes que constitui a continuação da camada parietal da cápsula de Bowman, proveniente do corpúsculo renal e inserindo-se na medula do rim, onde descreve uma curva de forma a ascender ao córtex. Aqui Pica novamente em contacto com o corpúsculo, desaguando por fim noutro canal, denominado tubo colector. É possível distinguir vários segmentos no túbulo renal, cada um dos quais com a sua missão específica, de modo a produzir a urina definitiva a partir do produto filtrado no glomérulo. A primeira parte descreve um trajecto sinuoso, com várias curvas, denominando-se tubo contornado proximal. Em seguida, surge a ansa de Henle, um canal em forma de U que penetra na medula renal e regressa ao córtex, apresentando na sua composição duas porções: a primeira corresponde a porção descendente, que descreve uma curva de 180° e prossegue na segunda, correspondendo esta à porção ascendente. Por fim, o canal volta a descrever uma série de curvas, constituindo o tubo contornado distal, que desagua no tubo colector.

Tubo colector. Cada tubo colector é um canal no qual desaguam inúmeros túbulos renais de outros nefrónios, que arrastam no seu interior a urina já formada. Os tubos colectores atravessam a medula renal até chegarem ao vértice das pirâmides de Malpighi, cuja superfície apresenta vários orifícios correspondentes às entradas destes canais. Através destes orifícios, a urina desagua no interior do rim e passa pelos pequenos e grandes cálices até ao bacinete, por forma a continuar o seu caminho através das vias urinárias até ao exterior do organismo humano.

Vascularização do nefrónio

O sistema de vascularização de cada nefrónio é muito específico: antes de mais, possibilita a filtração do sangue no corpúsculo renal; depois, encarrega-se, ao longo do percurso do produto filtrado pelo túbulo renal, da reabsorção de determinadas substâncias úteis para a circulação e da passagem de outras, ainda não depuradas, do sangue para a urina.

Todos os nefrónios são atravessados por uma arteríola aferente provenientes de uma artéria interlobular, que se ramifica nos inúmeros capilares pertencentes ao glomérulo, após penetrar através da abertura da cápsula de Bowman. Estes capilares voltam a unir-se para formarem a arteríola eferente, proveniente do corpúsculo renal.

As diversas arteríolas eferentes prosseguem o seu trajecto de maneira diferente conforme o corpúsculo renal, do qual cada uma é proveniente, se encontre situado na parte do córtex mais próxima da superfície do rim ou na parte mais próxima da medula. As arteríolas eferentes provenientes dos corpúsculos renais mais próximos da superfície do rim ramificam-se para formarem uma rede de capilares corticais que rodeiam os tubos proximais, transformando-se imediatamente em vénulas cuja união origina as veias interlobulares. Por outro lado, as arteríolas eferentes dos corpúsculos mais próximos da medula dividem-se para formarem uma série de arteríolas rectas, que mantêm um trajecto descendente paralelo ao da ansa de Henle, formando uma rede de capilares medulares que rodeiam esta parte do túbulo renal, convertendo-se finalmente em finos vasos venosos cuja união origina as vénulas rectas. Estas, por sua vez, ascendem ao córtex, de modo a desaguarem nas veias interlobulares. Assim, todos os sectores do túbulo renal ficam em contacto com os vasos sanguíneos, o que lhes permite efectuar trocas com o sangue que circula pelo seu interior antes de saírem do rim.
Fonte:http:
//www.medipedia.pt/home/home.php?module=artigoEnc&id=275