quinta-feira, 8 de novembro de 2012

BIÓPSIA RENAL | Indicações, precauções e riscos.

Saiba como é feita a biópsia renal e quais sua complicações. A biópsia renal é um procedimento onde um pequeno fragmento do rim, de aproximadamente 1 a 2 cm de comprimento com largura de um grão arroz, é obtido.
Como este fragmento em mãos, pode-se avaliar microscopicamente o comprometimento das estruturas dos rins e estabelecer diagnósticos, prognósticos e indicações para iniciar ou não tratamentos.

Como é feita a biópsia renal?






A biópsia renal é feita com uma agulha própria para o procedimento, exemplificada na foto abaixo.
O procedimento é normalmente realizado com o paciente deitado de barriga para baixo.
Com um aparelho de ultrassonografia localiza-se o rim e define-se o ponto que será biopsiado.
A biópsia renal é chamada de percutânea por ser feita através da introdução da agulha pela pele até se chegar ao rim. Após limpeza da pele e anestesia local, entra-se com a agulha na região lombar, logo abaixo da última costela, geralmente auxiliado pelo ultra-som.
A agulha tem um mecanismo automático que, ao ser acionado pelo médico, retira um pequeno fragmento do tecido renal. O processo é feito 2 vezes para que se tenha 2 amostras.
O procedimento quando bem feito é praticamente indolor e dura cerca de 20 a 30 minutos.
Após cessado o efeito do anestésico, pode haver uma pequena dor ou desconforto no local da punção nos primeiros dias.
A biópsia só deve ser feita em ambiente hospitalar. Após o procedimento, o paciente deve ficar internado para permanecer pelo menos 12 horas em repouso absoluto, devido ao risco de sangramento. Quais são as complicações da biópsia renal? Basicamente a única complicação importante da biópsia renal é o sangramento. O rim é um órgão bastante vascularizado e é praticamente impossível não se acertar um vaso pequeno durante a punção com a agulha de biópsia. Como a biópsia é feita de modo percutâneo, não temos como comprimir a região sangrante e a única opção é esperar que o próprio sistema de coagulação do organismo interrompa a perda de sangue. Todos os pacientes sangram. Alguns em maior, outros em menor quantidade. - Até 80% dos pacientes apresentam hematúria (sinais de sangue na urina) nas análises de urina após a biópsia. - 15% apresentam hematúria visível a olho nu. - Em 3-5 % dos casos o sangramento pode ser tão grande que uma transfusão de sangue é necessária. - Em 0,5% dos procedimentos, o paciente precisa ir à cirurgia para controlar a hemorragia. - Em 0,3% é necessário retirar o rim para estacar o sangramento. - Em 0,02% dos casos o paciente vai a óbito por complicações da biópsia renal. Esses números são minimizados se a biópsia for bem indicada e o médico tiver experiência no procedimento. Porém, como qualquer procedimento médico invasivo, por mais que se faça tudo corretamente, existem sempre riscos inerentes ao próprio ato. O que deve ser feito antes da biópsia renal? Antes da biópsia, o paciente deve ter pelo menos uma ultrassonografia renal, para se descartar a presença de tumores ou cistos que possam ser acidentalmente atingidos pela agulha. O aspecto do rim também deve ser levado em conta, uma vez que, por serem compostos basicamente de fibrose (cicatriz), rins atrofiados não fornecem informações na biópsia. Nestes casos, o risco do procedimento supera os seus benefícios. O ultra-som também é importante para se identificar casos de rim único, que é uma contra-indicação a biópsia renal percutânea. Em rins únicos, a biópsia renal é feita em um procedimento cirúrgico, com visualização direta do rim. É chamada de biópsia à céu aberto. Análises de sangue, principalmente com avaliação da coagulação são importantes para se diminuir a incidência de hemorragias (leia: CHECK-UP / EXAMES DE SANGUE). Análises de urina podem ser solicitadas para se avaliar a presença de infecção urinária, também uma contra-indicação a biópsia (leia: PIELONEFRITE ( INFECÇÃO DOS RINS )). Uma história clínica deve ser colhida, focando principalmente fatores que possam favorecer sangramentos, entre eles, o uso de anticoagulantes como Heparina e Varfarina (leia: INTERAÇÕES COM A VARFARINA (MAREVAN, VARFINE)), ou antiagregantes plaquetários como aspirina, ticlopidina e clopidogrel. Anti-inflamatórios também interferem na cascata de coagulação e podem facilitar complicações. Essas drogas devem ser suspensas pelo menos 1 semana antes da biópsia. Contra-indicações à biópsia renal percutânea - Rins atrofiados ao ultra-som - Rim único - Rins policísticos (leia: RINS POLICÍSTICOS / RINS POLIQUÍSTICOS) - Alterações da coagulação nas análises de sangue - Uso de drogas que influenciam na coagulação - Hipertensão não controlada (leia: SINTOMAS E TRATAMENTO DA HIPERTENSÃO ) - Infecção urinária ativa - Lesões de pele no sítio da biópsia - Hidronefrose (vias urinárias obstruídas) - Paciente não cooperativo Para que serve a biópsia renal? A biópsia renal é normalmente solicitada naqueles caso de doenças dos rins que não conseguem ser elucidados apenas pela avaliação clínica e laboratorial. A análise do fragmento pelo microscopia é uma ferramenta poderosa que estabelece o diagnóstico definitivo na maioria dos casos. As principais indicações são para a biópsia renal renal são: - Síndrome nefrótica ou proteinúrias maiores que 1-2 gramas por dia (leia: PROTEINÚRIA, URINA ESPUMOSA E SÍNDROME NEFRÓTICA) - Suspeita de glomerulonefrites ( leia: O QUE É UMA GLOMERULONEFRITE ?) - Insuficiência renal aguda de causa indeterminada (leia: ENTENDA A INSUFICIÊNCIA RENAL AGUDA) - Alterações da creatinina sem causa evidente, principalmente se acompanhada de hematúria e/ou proteinúria (leia: VOCÊ SABE O QUE É CREATININA ?) - Sinais de acometimento renal pelo Lúpus (leia: LÚPUS ERITEMATOSO SISTÊMICO (LES)) Hematúrias isoladas sem hipertensão, alteração da creatinina ou proteinúria não precisam ser biopsiadas uma vez que apresentam bom prognóstico e não há tratamento específico para esses casos. Hematúrias maciças sem evidencias de origem glomerular, normalmente não vêm dos rins, e sim, de outros pontos da vias urinárias. Portanto, não há motivos para a biópsia renal nestes casos (leia: HEMATÚRIA ( URINA COM SANGUE )). Proteinúrias pequenas, menores que 1g por dia, sem outros sinais e sintomas, também não precisam se biopsiadas por também não apresentarem indicação de tratamento específico. Não se biopsia o rim quando a causa da lesão renal é óbvia como no diabetes de longa data, por exemplo (leia: DIAGNÓSTICO E SINTOMAS DO DIABETES MELLITUS) É importante salientar que a biópsia é apenas uma minúscula amostra do tecido renal. Às vezes, por azar, esse pequeno fragmento é de uma região do parênquima renal que não apresenta sinais de doença, impedindo que se faça o diagnóstico do caso. Em caos com esse, é preciso repetir a biópsia renal na tentativa de se apanhar uma região que esteja acometida. Biópsia renal dá diagnóstico de câncer do rim? Não, a biópsia renal não tem esse propósito. Se o paciente descobriu um tumor renal suspeito em algum exame de imagem, como ultrassom, tomografia computadorizada ou ressonância magnética, o ideal é retirar o tumor cirurgicamente para que ele possa ser avaliado por um patologista. Leia o texto original no site MD.Saúde: BIÓPSIA RENAL | Indicações, precauções e riscos.
Fonte:http://www.mdsaude.com/2009/10/biopsia-renal.html#ixzz2BckmyfTI

1 comentário:

  1. Ola, conheci seu blog e achei demais, vc poderia participar do grupo em q participo no facebbok sobre renal cronico,sua ajuda e sua experiencia seria de grande ajuda, nao sou doente renal ... minha mae e...fica o link ai , caso vc se interesse, muito bom seu blog viu, super informativo.
    https://www.facebook.com/index.php?lh=52afa771cb9b288a8dff4a50c82508f3&eu=UniQifyAc9gi1UQoJ3q1Kw#!/groups/doenterenal/
    Abraços.
    Marcia.

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