
O estudo, inédito, foi apresentado no fim de 2008 durante o American Heart Association, um dos mais importantes congressos do mundo na especialidade, e publicado no New England Journal of Medicine. O JUPITER foi um trabalho multicêntrico que envolveu mais de 1.300 instituições em 27 países, entre elas Harvard Medical School, Universidade Federal de São Paulo (Unifesp) e McGill University Health Centre, do Canadá, com patrocínio da empresa farmacêutica AstraZeneca. Incluiu homens com mais de 50 anos de idade e mulheres acima dos 60, ambos sem doenças cardiovasculares prévias, com níveis de LDL-colesterol menores que 130 mg/dl e com níveis de PCR de, pelo menos, 2 mg/dl. Das 89.890 pessoas analisadas inicialmente, 17.802 participaram da pesquisa.
Durante um ano e nove meses os participantes, subdivididos em grupo placebo (n = 8.901) e grupo rosuvastatina (20 mg de rosuvastatina/dia; n = 8.901), foram acompanhados. Nesse período, os pesquisadores analisaram a ocorrência de eventos cardiovasculares como infarto do miocárdio, AVC, internação por angina instável e mortes por causas cardiovasculares. Ao fim do estudo, 251 eventos cardiovasculares ocorreram no grupo placebo e 142, no grupo rosuvastatina.
Os resultados apontaram uma redução, em média, de 50% dos níveis de LDL-colesterol e de 37% dos de PCR nos indivíduos do grupo rosuvastatina em comparação ao grupo placebo. Os autores concluíram que o uso da rosuvastatina em indivíduos aparentemente saudáveis, mas com níveis elevados de PCR, reduz a incidência de eventos cardiovasculares e de mortalidade, independentemente de o indivíduo apresentar níveis normais de LDL-colesterol. Isto é, a PCR é um indicador extremamente importante de risco cardiovascular que os médicos terão de passar a considerar na prática clínica.
Fonte:http://www.segmentofarma.com.br/portal/textos.asp?codigo=11507
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