quarta-feira, 29 de junho de 2011

Transplantes renais em Portugal

Actualmente, a idade média de doentes em hemodiálise em Portugal é de 66 anos.
Nos doentes que iniciaram tratamento por hemodiálise em 2010, a principal causa da insuficiência renal era a diabetes, em 33,6 por cento dos casos e a hipertensão arterial (15,5 por cento).
A taxa de mortalidade dos doentes em tratamento por diálise em 2010 (13,2 por cento) registou um valor inferior ao verificado nos últimos três anos.
Os dados recolhidos referentes a 2010 revelam que, em Portugal, existiam 16 764 doentes em tratamento de substituição da função renal, dos quais 60,4 por cento encontravam-se a fazer hemodiálise e 35,6 por cento correspondiam a doentes transplantados.
No que respeita à transplantação renal, foram efectuados 573 transplantes no ano de 2010, o que corresponde a um valor ligeiramente inferior ao de 2009. Em 58,4 por cento dos casos tratava-se de doentes renais crónicos do sexo masculino e 41,6 por cento do sexo feminino.
Dos 573 transplantes renais realizados em 2010, 51 correspondem a órgãos obtidos de dadores vivos, o que representou uma subida de 8,9 por cento face ao ano anterior. Esta é uma das conclusões do Relatório Anual do Gabinete de Registo da Sociedade Portuguesa de Nefrologia (SPN) apresentadas hoje no Encontro Renal 2011, que decorre em Vilamoura.
O que é o transplante renal ?
É um acto cirúrgico, que mercê da Lei 12/93, veio regulamentar a retirada de orgãos, ou tecidos de origem humana, quer se trate de pessoas vivas ou falecidas.
Este acto veio dar a possibilidade de se poderem salvar muitas vidas, curando ou criando uma melhor forma de vida, para muitos daqueles que mercê de uma doença ou insuficiência renal crónica, tinham como última esperança a doação de um orgão libertador.
No caso dos Insuficientes Renais Crónicos, a única forma de sair do tratamento, para toda a vida, (Hemodiálise), por muitos considerada "a prisão sem grades" para alguns é ter a sorte de conseguir a doação de um rim (cadáver ou dador vivo), para que possa ser submetido a um transplante.
Este consiste numa intervenção cirúrgica, onde o rim doado irá ser colocado no abdómem do paciente e ligado à bexiga. Regra geral, os dois rins próprios e doentes (não funcionantes), não são retirados.
Após o rim implantado, começar a trabalhar, volta a ser "fabricada" urina normal, o que quer dizer inicia a depuração do sangue, eliminando todos os produtos tóxicos do organismo.
Importa dizer, do que a maioria das pessoas pensam que, o novo rim agora implantado, é colocado no mesmo local onde existem os de nascença, mas não, pois é criado um novo espaço, na parte acima e ao lado da bexiga, onde se torna mais fácil reconstruir as estruturas necessárias, e onde consegue ficar mais protegido pelos os ossos do quadril (bacia) do paciente, para o implante do novo rim. Logo tratar-se de uma cirurgia muito delicada, pela necessidade de o poder ligar à artéria e veia do receptor, bem como ligar o ureter (ver Anatomia) da bexiga, (ver figura 2) para que a urina possa seguir o seu destino certo.

fig 2



Tempo de espera por um rim é elevado Em Portugal, os doentes podem ter de esperar quatro anos por um transplante renal, quando o tempo recomendável é de três a seis meses.
Segundo especialistas na área da transplantação, a sensibilização da população e a melhor organização dos serviços de saúde podem ser bastante úteis para a implementação de várias medidas que contribuem para a diminuição do tempo de espera por um rim, tais como:

Incentivar a realização de consultas pré-diálise, no sentido de antecipar a inscrição dos doentes em lista de espera;
Aumentar a doação em vida, o que já foi possibilitado pela legislação actual que permite a doação de um órgão em vida, independentemente de haver relação de consaguinidade;
Promover um melhor aproveitamento dos órgãos, através do transplante-dominó de rim.

Estas informações foram-me enviadas por um amigo José Pereira

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