quarta-feira, 4 de agosto de 2010

FUNÇÃO RENAL



Os rins são duas glândulas de cor vermelha escura situadas simetricamente nos lados da coluna vertebral, na região lombar. Medem 10 cm de largura e pesam cerca de 150 gr cada um. O peritóneo, membrana serosa que cobre a superfície interior do abdómen, prende-os fortemente contra a parede abdominal.

A extremidade superior de cada rim é coberta por uma glândula endócrina, a glândula supra-renal. O sangue que se vai depurar passa pela artéria renal até aos rins e sai pela veia renal, debaixo do envoltório granuloso formado pelos glóbulos glomerulos de Malpighi. Tais glomérulos são constituídos por capilares sanguíneos, artérias, e estão envoltos na cápsula de Bowman, que é uma bolsa que continua com o tubo uriníferos.

Cada rim contém dois milhões destes tubos, agrupados em feixes piramidais. São os que contém a urina, a qual passa à pélvis renal e daí aos uréteres, que são o conduto excretor do rim que comunica a pélvis com a bexiga.

A bexiga tem um comprimento aproximado de 30cm e um diâmetro de 5mm. Nela deposita-se a urina até o momento da sua expulsão para o exterior.


O rim serve como verdadeiro órgão depurador ou filtro do resto dos produtos de resíduos, provenientes das combustões respiratórias, defecação, excreção e secreção. Os termos defecação, excreção e secreção podem ser confundidos.
A defecação refere-se à eliminação, pelo orifício anal, de resíduos e elementos sem digerir que, em conjunto, se chamam fezes; o alimento ingerido que não tenha entrado em nenhuma célula do organismo nem tomado parte no metabolismo celular e que pelo mesmo não pode ser considerado como resíduo metabólico.

A excreção refere-se à eliminação de substâncias que já não vão ser utilizadas no organismo e que procedem das células e da corrente sanguínea. A excreção de resíduos pelos rins representa um gasto de energia das células, em troca, o acto da defecação não requer este esforço por parte das que forram as paredes intestinais.

Secreção é a liberação por parte de uma célula de alguma substância que se utiliza noutra parte do organismo de modo funcional; por exemplo, as glândulas salivares segregam saliva utilizada na boca e no estômago para a digestão. Nas secreções estão compreendidas as actividades das células secretoras, pelo que se requer que estas consumam energia.

O sistema excretor é formado pelo aparelho urinário que compreende duas glândulas secretoras, onde se elabora a urina. Os rins são dois condutos colectores que recolhem a urina na saída dos rins. Os uréteres são órgãos receptores da urina, a bexiga, e um conduto secretor que a derrama no exterior, a uretra. As glândulas sudoríparas participam deste sistema excretando entre um 10% e um 5% de resíduos metabólicos através do suor, que é composto pelas mesmas substâncias que a urina, mas numa concentração muito mais baixa. A urina é um líquido transparente, de cor amarelada e leva dissolvidas varias substâncias. Um litro de urina contém normalmente água,10 mg de cloreto de sódio e dois produtos tóxicos: a uréia (25 gr) e o ácido úrico (0,5 gr). A uréia é elaborada no fígado com os produtos procedentes da combustão das proteínas e que ali são levados pelo sangue. Sabe-se que, na respiração celular, o produto resultante é o anidrido carbônico e a água, que procedem da oxidação dos lípidos e glucidos. Das proteínas procede o nitrogênio que, ao não poder ser eliminado pelos pulmões, é conduzido pelo sangue ao fígado e ali transformado em uréia. A proporção de uréia na urina aumenta com um regime alimentício de carne e diminui com um regime vegetariano. Em certas afecções a urina pode conter outras substâncias, por exemplo: no caso da diabetes que traz excessiva proporção de glicose.

A bexiga é uma bolsa muscular e elástica que se encontra na parte inferior do abdomem e está destinada a recolher a urina que é trazida pelos uréteres. Sua capacidade variável é em média de um terço de litro. A uretra é um conduto pelo qual é expulsada a urina ao exterior, empurrada pela contracção vesical; abre-se ao exterior pelo meato urinário e sua base está rodeada pelo esfíncter uretral, que pode permanecer fechado à vontade e resistir ao desejo de urinar

Aproximadamente uma em cada 200 pessoas desenvolvem pedra no rim. Cerca de 80% destas pessoas eliminarão a mesma espontaneamente, junto com a urina. Os 20% restantes necessitarão de alguma forma de tratamento. As pessoas que já tiveram um cálculo urológico tem uma chance de 50% de vir a desenvolver um novo nos próximos 5 a 10 anos.

Achamos importante salientar alguns dos factores que podem aumentar o risco de poderem desenvolver um cálculo urológico:

1. Problemas no processo de absorção ou eliminação dos produtos que podem formar cristais;
2. Casos de cálculos urológicos na família (condição genética);
3. O hábito de consumir uma pequena quantidade de líquidos;
4. Desordens intestinais;
5. Gota.

Muito mais poderíamos dizer, porém estas informações generalistas tem o fim primário para alertar as pessoas, levá-las a pensar que a Prevenção na Saúde é um bem insubstituível.

Obrigado pela sua atenção.



Para mais informações consulte o seu médico

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