terça-feira, 5 de fevereiro de 2013

Estenose da artéria renal

A pedido de uma visitante aqui deixo mais uma pesquisa sobre Estenose da Artéria ranal.
Informo que deve ter muitos pontos em comum com a publicação que já fiz anteriormente  espero que seja de ajuda para quem venha ver.


As artérias renais são responsáveis pelo aporte de sangue para os rins. O sangue arterial, além de nutrir os rins, é filtrado por esses órgãos. Quando o fluxo sanguíneo nos rins está normal, materiais indesejáveis são excretados através da urina. Além disso, os rins ajudam a controlar a pressão arterial, através da secreção de um hormônio chamado renina. Quando as artérias renais sofrem estreitamentos (estenoses), os rins deixam de trabalhar de forma eficiente. Muitas vezes, uma compensação clínica ocorre, e os pacientes não apresentam nenhum sintoma. No entanto, em pacientes que não apresentam essa compensação, a estenose da artéria renal pode estar associada à hipertensão arterial severa de difícil controle clínico (hipertensão renovascular) e/ou a perda da função renal por diminuição do fluxo sanguíneo.
Sintomas
Muitas vezes, as doenças renovasculares são assintomáticas, desenvolvem-se vagarosamente e vão piorando com o tempo. Em pacientes hipertensos, o primeiro sinal de estenose da artéria renal pode ser uma piora nos níveis da pressão ou na eficácia das medicações utilizadas para seu controle. Outros sinais incluem: som (sopro) no abdômen detectado com estetoscópio, função renal diminuída, insuficiência cardíaca congestiva ou diminuição do tamanho do rim.
Causas
Uma das causas da estenose da artéria renal é o endurecimento das artérias. As artérias normalmente são lisas e desobstruídas em seu interior. Com o passar dos anos (envelhecimento), elas podem apresentar estreitamentos e obstruções resultantes de um processo de endurecimento e alterações inflamatórias da parede arterial (aterosclerose). A placa que se forma na aterosclerose é composta de substâncias como colesterol, cálcio e tecido fibroso, que vão se acumulando nas paredes das artérias. Quanto mais placa se acumula nas artérias, mais endurecidos ficam os vasos e mais prejudicado fica o fluxo sanguíneo, podendo chegar ao ponto de reduzir o volume de sangue nos rins. Fumo, obesidade, idade avançada, colesterol, diabetes e história familiar de doença cardiovascular são alguns dos fatores de risco para o desenvolvimento de aterosclerose.
Angiotomografia: estreitamento severo das artérias renais
Como a estenose da artéria renal está diretamente relacionada à aterosclerose e aos seus fatores de risco, alguns cuidados são importantes para evitar o problema, tais como parar de fumar, manter o peso ideal, controlar colesterol, lipídeos e pressão arterial, fazer exercícios regularmente e manter uma dieta com baixo teor de gordura, proteína e sódio e com alto teor de fibras.
Diagnóstico
Em casos de suspeita de estenose da artéria renal, os seguintes exames podem ser utilizados para confirmar o diagnóstico:
  • Ultra-som abdominall: permite visualizar vasos sanguíneos e órgãos através de ondas de som de alta frequência, facilitando a localização de coágulos ou áreas de estreitamento que comprometem os vasos renais e a determinação do tamanho dos rins.
  • Ecografia vascular com Doppler: permite analisar o fluxo sanguíneo renal de forma precisa, bem como estimar o grau de estreitamento (estenose) das artérias renais e visualizar possíveis coágulos no interior dos vasos renais.
  • Angiotomografia computadorizada: combina as tecnologias da tomografia computadorizada e da angiografia tradicional para criar imagens detalhadas dos vasos sanguíneos. Pode ser utilizada para diagnosticar estreitamento ou obstrução dos vasos sanguíneos. Atualmente, é o melhor exame para estudar com precisão a luz e a estrutura da parede dos vasos sanguíneos de médio e grosso calibre.
  • Angioressonância magnética: o exame produz imagens bi ou tridimensionais de estruturas internas do corpo humano (coração, cérebro ou vasos sanguíneos) utilizando campos magnéticos e ondas de rádio. Utiliza-se um contraste não-nefrotóxico chamado gadolíneo. Geralmente é recomendado para pacientes com alterações da função renal.
  • Angiografia: exame mais invasivo que utiliza raios X e, por meio de um cateter e solução de contraste, permite visualizar os vasos e localizar áreas de estreitamento ou obstrução.
  • Cintilografia renal: analisa o fluxo sanguíneo nos rins utilizando uma substância radioativa em uma câmera especial.
Tratamento
Pacientes assintomáticos (pressão arterial normal e sem perda da função renal) com estenose de artéria renal devem ser observados periodicamente pelo seu médico clínico.
Pacientes sintomáticos devem receber tratamento com a finalidade de melhorar a hipertensão arterial e preservar a função renal. A cura da hipertensão arterial é pouco frequente, uma vez que a doença muitas vezes é multifatorial.
A estenose da artéria renal sintomática pode ser tratada com medicamentos inicialmente. O tratamento padrão inclui diuréticos, betabloqueadores, inibidores da enzima de conversão da angiotensina e bloqueadores de canais de cálcio. Quando o tratamento medicamentoso não é suficiente para controlar a doença hipertensiva ou quando o paciente passa a perder função renal, outros procedimentos podem ser recomendados pelo médico especialista.
Angioplastia com colocação de stent: Procedimento realizado em casos de estreitamento significativo (estenose severa) e eventualmente em casos de obstrução da artéria renal. Esse procedimento é considerado minimamente invasivo em comparação com a cirurgia convencional. Normalmente é realizado sob anestesia local, associado a um procedimento de angiografia. Consiste na inserção de um cateter em uma artéria da virilha ou do braço através de uma pequena punção, o qual então é guiado pelos vasos sanguíneos até a artéria renal comprometida. Um pequeno balão, integrado ao cateter, é inflado e desinflado para comprimir a placa de aterosclerose contra a parede da artéria, desobstruindo o vaso. Nesses casos, é utilizado um cateter de angioplastia, em que o balão está acoplado a um pequeno tubo feito de uma malha de metal (stent), que é posicionado na artéria para mantê-la aberta.
Cirurgia convencional de ponte (bypass): Procedimento cirúrgico de grande porte que constrói um novo caminho para o fluxo sanguíneo através de um enxerto de veia safena ou tubo de material sintético. Geralmente é realizada uma ponte entre a aorta abdominal e a porção sadia da artéria renal.
Endarterectomia: Procedimento cirúrgico de grande porte que remove a placa que está bloqueando a artéria, deixando-a lisa e desobstruída. Pelas características locais da doença da artéria renal, dificilmente é indicada.
Trombólise: Procedimento realizado para dissolver coágulos pela injeção direta de substâncias através de um cateter posicionado diretamente na artéria ou na veia renal. Em situações de urgência, pode ser uma boa alternativa de salvamento do rim.

A escolha do melhor tratamento depende da extensão e localização das áreas bloqueadas, assim como dos aspectos clínicos relacionados ao paciente. A análise criteriosa da equipe de especialistas envolvida é fundamental para a orientação de cada caso.
Fonte:http://www.drcardozo.com.br/saiba_vasculares08.html


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