quinta-feira, 7 de abril de 2011

Cancro do rim

O cancro do rim (adenocarcinoma de rim; carcinoma de células renais; hipernefroma) representa cerca de 2 % dos cancros em adultos e afecta uma vez e meia mais os homens do que as mulheres. Os tumores sólidos de rim são, habitualmente, cancerosos, enquanto os quistos do rim (cavidades fechadas, cheias de líquido) geralmente não o são. Sintomas e diagnóstico A presença de sangue na urina é o sintoma mais frequente, mas a sua quantidade pode ser tão pequena que só é detectada com o microscópio. Pelo contrário, por vezes a urina pode aparecer visivelmente vermelha. Os sintomas que se seguem, mais frequentes, são a dor nas costas e a febre. Por vezes, o tumor renal detecta-se primeiro quando o médico nota um aumento de tamanho ou uma proeminência no abdómen, ou pode ser descoberto acidentalmente durante uma análise feita a qualquer outro problema, como a hipertensão arterial. A tenssão arterial pode aumentar porque uma irrigação inadequada a uma parte ou à totalidade do rim pode desencadear a libertação de mensageiros químicos que a elevam. A contagem de glóbulos vermelhos também pode tornar-se anormalmente alta, provocando uma policitemia secundária (Ver secção 14, capítulo 160), já que o rim doente produz altos valores da hormona eritropoietina, que estimula a medula óssea para aumentar a produção de glóbulos vermelhos. Caso se suspeite da existência de um cancro do rim, podem efectuar-se uma urografia intravenosa, uma ecografia ou uma tomografia axial computadorizada (TAC) para visualizar o tumor. (Ver secção 11, capítulo 122) A ressonância magnética nuclear (RM) também pode efectuar-se para obter maior informação acerca da propagação do tumor para outras estruturas vizinhas, como as veias. Se o tumor for oco (quisto), pode extrair-se o líquido interno com uma agulha, para a sua análise. Certos estudos radiológicos, como a aortografia e a angiografia da artéria renal, podem efectuar-se para preparar a operação, a fim de fornecer mais informação acerca do tumor e das artérias que o irrigam. Tratamento e prognóstico Quando o cancro não se propaga para lá do rim, a extracção cirúrgica do rim afectado e dos gânglios linfáticos proporciona uma boa probabilidade de cura. Se o tumor invadiu a veia renal ou inclusive a veia cava (a grande veia que transporta o sangue para o coração), sem se propagar (por metástases) até sítios distantes, a cirurgia ainda pode oferecer uma boa probabilidade de cura. Contudo, o cancro do rim tende a produzir metástases a seguir, especialmente nos pulmões. Quando se estendeu para sítios distantes (metastáticos), o prognóstico é mau, já que não pode ser curado por meio de radiação, anti-cancerígenos tradicionais (quimioterapia) ou hormonas. Em certos casos, se for aumentada a capacidade do sistema imunitário para destruir o cancro, alguns tumores retraem-se e isso pode prolongar a sobrevivência (Ver secção 15, capítulo 163) Um dos tratamentos, a interleucina-2, foi aprovado para o tratamento dos tumores do rim, e actualmente estão a ser investigadas várias combinações desta substância e de outros agentes biológicos. Em casos raros (menos de 1 % dos pacientes), a extirpação do rim afectado favorece que as metástases do resto do corpo se reduzam; esta regressão não é razão suficiente para realizar esta operação quando o cancro já se propagou. Fonte:http://www.manualmerck.net/?id=158&cn=1229&ss=

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